Cati Freitas está de regresso aos álbuns de originais

“O meu canto é do Povo o meu canto é o meu viver!”… São estes os dois versos iniciais de “Estrangeira” que, acompanhados dos tradicionais bombos portugueses, abrem o novo álbum de Cati Freitas. E são também estes os versos que retratam na perfeição o actual universo pessoal e artístico de uma das mais originais vozes e autoras da música nacional.

Em 2013, estreia-se com o aclamado “Dentro“, onde se dá a conhecer através das suas composições marcadas pelo encontro da música tradicional com sonoridades de outras paragens, sonoras e geográficas. Em 2018, a cantora minhota volta aos discos de originais depois de um período de regresso a casa, em que se deu ao silêncio, à descoberta da cultura portuguesa, onde foi beber inspiração para apurar a sua linguagem artística.

Daí que, de Braga para e com o mundo, Cati Freitas se afirme “Estrangeira“. Uma estrangeira definida pela curiosidade infindável por tudo o que é português mas também pela vontade de receber de todo o mundo as influências certas que possam enriquecer as suas canções.

 

Os 11 novos temas são assim uma viagem pessoal por entre os grandes portos seguros da cantora e autora: a poesia, os sentimentos nobres, os afectos, o silêncio e a fé.

 

Entre criações originais e revisitações – o single de avanço “Meu Amor“, os delicados arranjos para “Barco Negro” e a emocionada interpretação de “Perdidamente” com participação de Jaques Morelenbaum são de escuta obrigatória -, em “Estrangeira” começamos e acabamos nas típicas portuguesas, não sem antes passar pelo jazz ou pela pop delicodoce. As melodias sofisticadas e versos gentis provam que Cati Freitas continua dedicada a explorar uma nova portugalidade, a mesma que tem tanto de tradicional como de contemporânea, local de construção de uma nova definição de música do mundo.

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