BONS SONS 2018… Artes performativas, cinema e mesa redonda

Entre concertos, o BONS SONS 2018 aposta também num conjunto de atividades paralelas. Além das iniciativas para famílias e da feira de artesanato, a programação inclui performances, cinema, dança, uma mesa redonda e uma instalação que terão lugar no Auditório Agostinho da Silva.

 

Na sexta-feira, dia 10 de agosto, em duas sessões, às 15h00 e às 18h00, o cinema chega ao festival com as Curtas em Flagrante. Com filmes essencialmente portugueses, estas sessões levam-nos até revoluções, à infância, aos amores e desamores e à arte urbana, entre muitas outras histórias para ver no grande ecrã: Eden, de Ana Pio; Habitat, de Max Henrrique; Câmara Nova, de André Marques; Porque é este o meu Ofício, de Paulo Monteiro; 20 anos de oficinas num convento, de Pedro Grenha, Rodolfo Pimenta e Rui Cacilhas; Noite de São João, de José Pedro Lopes; Laranja Amarelo, de Pedro Augusto Almeida; Pedras no Caminho, de Diogo Pessoa de Andrade; Norley e Norley, de Flávio Ferreira; Como Semear uma Colmeia?, de Tiago Moura; Fugiu. Deitou-se. Caí, de Bruno Carnide; Gary, de Marina Thomé; e Razão Entre Dois Volumes, de Catarina Sobral.

 

Nos dias 9, 11 e 12 de agosto, a programação do espaço fica a cargo da Materiais Diversos, uma parceria de programação com o BONS SONS que visa a potenciação sinérgica da cultura numa área territorial próxima onde ambas atuam. Tirando partido do conhecimento e desenvolvimento artístico de cada uma, nas áreas da música e das artes performativas, respetivamente, esta parceria visa a programação cruzada nos eventos de ambas as associações.

 

Sara Anjo apresenta, no dia 9, às 18h00, Sacro, uma peça que parte de três questões – o que nos move? Como nos movemos? E para onde nos movemos? – para refletir sobre os mecanismos vitais da vida. No sentido lato da palavra “mover”, esta peça foca-se na forma como caminhamos, avançamos e recuamos hoje em dia e nas relações que o corpo humano espelha com os seus antepassados e que fabulações ou projecções fazemos com o futuro

No sábado, dia 11, também às 18h00, UM [unimal], de Cristina Planas Leitão, é um solo desenvolvido a partir da ideia de Sobrevivência que, neste caso, se materializa através da fisicalidade da Marcha. Trabalha-se a noção de corpo arquivo e de corpo que carrega uma história através da dança.

Neste espaço, serão também apresentados os projetos selecionados pela bolsa Filhos do Meio, atribuída pela Materiais Diversos para apoiar e dar a conhecer artistas de Santarém. Classe do Jaime, de Susana Domingos Gaspar e Edgar Valente, e S E N S O, do Colectivo249, foram os projetos escolhidos, no ano passado, e integram agora o programa do BONS SONS, parceiro da iniciativa.

 

S E N S O procura explorar no território, com as pessoas, os lugares e a sua cultura, no momento presente, com base no passado e com foco no futuro. Esta prospeção cultural, divide-se em entrevistas (acção de pesquisa cultural em Torres Novas) e comunidade (residência artística em Alcanena). As partilhas e criações, que procuram suscitar a reflexão de todos os seus intervenientes, tomam forma e conteúdo numa instalação que pode ser visitada durante o festival entre as 16h00 e as 20h00, com uma visita-guiada no domingo, dia 12 de agosto, às 18h00.

 

Por sua vez, o projeto Classe do Jaime é uma coreografia de Susana Domingos Gaspar cujo nome nasce no linguajar típico de Minde, em que não existe palavra para dança, apenas para baile, Classe do Jaime ou O-do-Barreiro. Nele, dois bailarinos vão ao encontro de grupos de dança folclórica da região das Serras d’Aire e Candeeiros e propõem um método para aprendizagem do vocabulário tradicional. Classe do Jaime é um dueto que se desenha como uma coreografia de composição etimológica, em que se restauram os conceitos de peso e erotismo, colocando perguntas de um lado para o outro: o que pergunta a dança tradicional à dança contemporânea? Para descobrir no domingo, dia 12, às 18h30

 

Ainda no domingo, às 19h15, a Mesa Redonda Os Lugares e os/dos Artistas vai dar a conhecer os projetos e artistas Filhos do Meio, procurando compreender a importância desta bolsa nos seus percursos profissionais e pessoais, mas também refletir sobre a importância da prática artística na vida dos lugares e sobre a vitalidade que os lugares trazem à criação artística.

 

 

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