Anozero’19… Uma semana com inaugurações, visitas e oficinas

A edição de 2019 do Anozero, intitulada A Terceira Margem, com curadoria-geral de Agnaldo Farias e curadoria-adjunta de Lígia Afonso e Nuno de Brito Rocha, apoia-se em três pilares: exposição, programa de ativação e livro. A exposição apresenta trabalhos de 39 artistas e ocupa diferentes lugares da cidade, ativando fortemente o seu património arquitetónico e imaterial, parcialmente qualificado pela UNESCO.

 

Além da ocupação do singular Convento de Santa Clara-a-Nova, a bienal espraia-se pelas ruas do centro da cidade (Edifício Chiado, Sala da Cidade e Galerias Avenida), pelos edifícios da Universidade de Coimbra (Colégio das Artes e Museu da Ciência – Laboratório Chimico e Galeria de História Natural) e pelos espaços do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC Sede e Sereia).

 

ShipShape

Em torno da poesia visual, concreta e experimental, a exposição “ShipShape”, com curadoria de Tomás Cunha Ferreira, abriga um conjunto de atividades como a leitura-performance “Ato Poético”, com a participação de Adriana Calcanhoto, Domenico Lancellotti e Tomás Cunha Ferreira, que terá lugar no dia 13 de novembro, quarta-feira, pelas 21 h, no Auditório do CAPC Sereia. Sempre no campo da poesia contemporânea, Tomás Cunha Ferreira tem outras propostas, no âmbito desta exposição: várias oficinas e uma palestra.

 

No Convento de Santa Clara-a Nova, no âmbito da exposição da curadoria de A Terceira Margem, decorrem semanalmente, ao sábado, performances de dois dos artistas participantes: Daniel V. Melim (11 h) e Luís Filipe Ortega (16 h). E estão abertas as inscrições para duas oficinas destinadas a crianças entre os 6 e os 14 anos, com a artista Maria Condado: «Paisagens Imaginárias», em 27 de novembro e 8 de dezembro, é uma oficina que terá como referência os antigos frescos palacianos, com a artista a propor um momento de desenho e pintura à volta do tema da paisagem imaginária. Os participantes terão a oportunidade de desenhar e criar a sua própria paisagem, através de experimentações pictóricas. As inscrições estão abertas.

 

Programa de Ativação

Desenvolvido pelos alunos do Mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes, em colaboração com Esfera CAPC, o Programa de Ativação pretende tecer diálogos e encontros entre a bienal e a cidade, os seus moradores, as diferentes comunidades locais, a universidade e as escolas.

Ao longo de toda a bienal, há visitas guiadas pela curadoria, visitas mediadas e visitas-percursos. Podem ser agendadas visitas para grupos entre 5 e 20 elementos.

E mais, há oficinas, leituras e debates, de participação gratuita, mas de inscrição obrigatória, até dois dias antes da data da sua realização.

Para esta semana, ainda estão abertas as inscrições para “Manifesto”, uma oficina com Camilo Soldado (jornalista) e Joana Monteiro (designer gráfica), que deve refletir as preocupações comuns dos participantes acerca das fronteiras da Europa e da livre circulação de pessoas que procuram asilo. Acontece nos dias 17 de novembro (15 h–17h30) e 20 de novembro (15 h–17h30).

 

A Programação Convergente do Anozero é um conjunto eclético e múltiplo de atividades que pretendem alargar os campos de ação através da arte e do pensamento acerca desta, permitindo a descentralização do espaço conceptual e geográfico definido pela curadoria.

Em locais diversos da cidade, há exposições para ver: no Museu Nacional Machado de Castro e na Galeria Sete está “Escape/The assumption of blue”, de Pedro Pascoinho; a Galeria V, na Baixa da cidade, apresenta “Unsitted movement”, de Gil Ferrão; no Museu, na Av. João das Regras, o coletivo West Coast propõe «Navegar na Margem, Caminhar pelo Leito», e no Convento de Santa Clara-a-Nova, há propostas específicas da programação em arquitetura: “O Grande Teatro do Munda”, “Finita Existência”, “Coimbrismo”. É no Convento que pode ainda visitar o “Hortus Conclusus e o “Terreiro”.

 

Para a semana, começam as iniciativas na área de arquitetura, uma estreia do CITAC e um projeto da Leonor Keil é apresentado no Exploratório – Centro Ciência Viva de Coimbra.

 

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