XAVE … Disco de estreia alcança o top de vendas nacionais

“Finalmente”, o primeiro registo de originais de XAVE, projecto musical da autoria de Rodrigo Guedes de Carvalho, com a cantora Isabelinha, chegou às lojas em formato físico e digital no passado dia 22 de Março. Em apenas uma semana o disco alcançou a 6ª posição no top nacional de vendas de álbuns e o 3º lugar na tabela de downloads. O primeiro single, “Se foi amor”, lançado no dia 31 de Janeiro, regista já 63 mil visualizações no YouTube.

“Finalmente” conta com 14 temas originais da autoria de Rodrigo Guedes de Carvalho, interpretação de Isabelinha e arranjos e produção de Ruben Alves. A distribuição está a cargo da Universal Music Portugal. O disco foi gravado no Atlântico Blue Studios no final de 2018 e é apoiado pela SPA.

XAVE apresentam álbum de estreia nos dias 27 de Maio e 3 de Junho no Teatro Villaret em Lisboa

 

“Isto não é um disco. Isto sou eu a dobrar, finalmente, um cabo que me parecia intransponível. A iniciar uma viagem que adiei o tempo de quase toda uma vida.

Não tenho memórias nítidas da infância. Sei que fui imensamente feliz mas faltam-me lugares, datas, rostos e alguns cheiros. Mas lembro-me (ah, se me lembro…) do miúdo a virar o vinil no gira-discos. A ler as letras, arriscar cantar, a fingir que a raquete de ténis era uma guitarra. Em frente ao espelho, esse miúdo jurou que seria músico. Mas a vida, como a tantos de nós, trocou-me as voltas. Desviou-me. Levou-me por outras estradas. Guardei a música numa gaveta funda dentro de mim. E de repente (garanto-vos que é de repente) passaram quase 40 anos. Até que me sentei ao piano. Como e porquê, é história longa que irei contando por aí. Sentei-me e toquei. Fechei os olhos, inventei palavras para os acordes.

E comecei, finalmente, a pagar a promessa ao miúdo em frente ao espelho. Esta reinvenção de futuro que aqui vai só foi possível porque o Ruben Alves me deu a mão. Tornou-se as minhas mãos. As que não conseguem tocar o tanto que ouço na cabeça. Mas antes disso houve o princípio do vulcão adormecido. Isabelinha. A xave que avançou sem medo para a porta que parecia fechada. A voz que procurei sempre, sem mesmo saber que a buscava. A voz que me traduz. A xave que abriu o ferrolho do sonho. Finalmente. “

Rodrigo Guedes de Carvalho

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