Data dupla, a passar por Porto e Lisboa, neste regresso de Weyes Blood a Portugal. Dias 28 e 29 de outubro, a artista passa pelo Lisboa Ao Vivo e pelo Hard Club no Porto para apresentar o seu mais recente disco, “And in the Darkness, Hearts Aglow”, lançado em novembro do ano passado.
Transcendente e às vezes melancólico, o folk-pop de Weyes Blood explora tudo o que nos move, nos divide e nos destrói. Isto pode parecer pesado, mas quando o guia é Natalie Mering, tudo se torna mais fácil. Mering cresceu a cantar em coros gospel e madrigais, antes de aprender a tocar viola aos 8 anos. Este background musical – misturado com seu amor pelo jazz, o cineasta Alejandro Jodorowsky e o estudioso Joseph Campbell – moldou sua música, através da qual conta histórias antigas e mitos modernos. Como a própria descreve: uma espécie de encontro entre Bob Seger e Enya.
O álbum de estreia editado via na Sub Pop, “Titanic Rising”, foi uma observação da destruição que estava por vir. Em “And in the Darkness, Hearts Aglow”, encontramo-la a meio caminho, na procura de uma saída de emergência, longe dos algoritmos e do caos ideológico. Não espanta, depois de cinco álbuns e muitos anos na estrada, Mering tem muito em que pensar.
