Vodafone Paredes de Coura 2024 com novas confirmações

A música regressa ao habitat natural nos dias 14 a 17 de Agosto de 2024 e Cat Power, Sleater-Kinney,  Destroy Boys, Branko e Benjamim, juntam-se aos já confirmados Fontaines D.C., The Jesus and Mary Chain, Slowdive, Baxter Dury, Nouvelle Vague, Superchunk, Gilsons, Wednesday e Still Corners.

 

Charlyn Marie Marshall é Cat Power para o mundo da música – um mundo que não fica indiferente às suas canções já há mais de 20 anos.

O pai era um pianista focado no blues e o padrasto tinha uma coleção de discos invejável, cheia de soul e rock. Estas influências fizeram com que a jovem Marshall começasse a escrever as suas canções bem cedo, contra as indicações dos pais – os verdadeiros amantes da música conhecem os perigos da sua paixão…

E a primeira apresentação pública mais a sério deu-se num pub em Brooklyn, algures entre 1992 e 1993, já sob o nome de Cat Power.

A partir daí, começa a desenhar-se um dos percursos mais interessantes dos últimos trinta anos de música indie. Nesses primeiros anos, conheceu referências como Liz Phair, Steve Shelley (Sonic Youth) e Tim Foljahn (Two Dollar Guitar), nomes que logo a encorajaram a gravar as primeiras canções e, consequentemente, também os primeiros discos. “Dear Sir” (1995) e “Myra Lee” (1996), gravados num só dia, em Nova Iorque, já nos diziam muita da personalidade artística de Cat Power.

 

O talento era mais do que evidente e surgiu o convite para assinar com a editora Matador e gravar aquele que seria o seu terceiro disco: “What Would the Community Think”. A ansiedade de Cat Power fez com que se mudasse para a Carolina do Sul e desse um tempo à música. E esse hiato só foi interrompido à conta de um pesadelo, um sonho inquietante que foi também uma espécie de visão do seu disco seguinte. “Moon Pix”, editado em 1998, apareceu-lhe em sonhos e foi impossível dizer que não a esse chamamento. Cat Power estava de regresso e esse registo parecia mais adulto e polido do que os anteriores, uma tendência que veio a confirmar-se nos discos seguintes, “You Are Free“, com as participações de Eddie Vedder e Dave Grohl, e “The Greatest”, provavelmente o disco mais bem sucedido até então.

 

A ansiedade e a depressão foram fantasmas que continuaram a pairar sobre a vida de Cat Power e, por isso, também sobre as suas canções, pelo menos até “Sun”, editado em 2012, aquele que é o disco mais luminoso da carreira da cantora. E seis anos depois, Cat Power regressou aos discos como com “Wanderer”. Editado em 2018, este disco é uma espécie de síntese de todos os anteriores, voltando a fórmulas que conhece bem, ao mesmo tempo que entra em diálogo com aquilo que de melhor se vai fazendo no presente. “Woman”, com Lana Del Rey, é uma das faixas obrigatórias.

Em 2021 regressou com “Covers”. As versões ocuparam sempre uma parte crucial do cânone musical de Chan e “Covers” completa a trilogia iniciada em 2000 com The Covers Record seguida com Jukebox de 2008.

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