Com um EP pronto para ser lançado este Verão, Violeta Luz assume agora nova encarnação, naquela que é nas suas palavras “a coisa mais difícil e importante” que fez até agora.
Figura que tem feito da música um meio para a catarse, acto de coragem e crença de alguém que nos deu já mostras carnais como Dead Club e assume agora o português como quem se revela ao ritmo vivido dos seus anseios, expectativas e projecções.
Cada vez mais transparente. Os impulsos mais synth pop de Dead Club apaziguam-se agora em quatro canções que passam pelo torpor contemplativo do trip hop, pelo r&b mais cândido e uma pop atmosférica que tanto se revê no agora de Lana Del Rey como no passado de Kate Bush.
Disco da cor da autora, escapa-se ao negrume e ao sangue de Dead Club para assumir uma existência igualmente sofrida de melancolia doce e reflexão pausada. Sempre honesta.
