“Villain” é o segundo tema de avanço para “Villains & Chieftains” de P.S. Lucas

Villain” é o segundo tema de avanço para “Villains & Chieftains”, segundo disco de P.S. Lucas, incursão a solo do açoriano Pedro Lucas (Medeiros/Lucas, O Experimentar). Uma canção-desabafo sobre um mundo onde a inocência se vai sumindo acotovelada por todos os lados, esmagada por frases engendradas nessas agências de publicidade que vivem em cada um dos nossos corações.

“Why do always have to make me the villain!?” –  disse-o ele, a ela.  A frase solta-se de uma discussão turístico-conjugal já com largos minutos, numa noite já longa, num dos bairros boémios de Lisboa. O ano é 2020, e tinham-nos mandado fechar em casa. O casal, estrangeiro, insiste em terminar o serão a discutir debaixo da varanda onde o poeta tenta fumar em paz. À falta dela, aproveita o drama. A frase, essa, com maior ou menor declinação, já toda a gente a disse (ou quase toda). Empurram-nos para o lugar do vilão – ou para lá nos empurramos por conveniência retórica – quando, na verdade, só nos queríamos quietos. Em todo o caso, pensa o poeta, à falta de paz para fumar que se complete o drama: o vilão também pode ser herói, pelo menos no seu quinhão. Vilões ao serão, chefes de tribo depois do ioga da manhã – na verdade, assim toda a gente se tem (ou quase toda).

 

“Villains & Chieftains” será editado no final de fevereiro deste ano de 2024 com selo Marca Pistola. O primeiro concerto de apresentação confirmado é nos Açores, no âmbito do festival Tremor.

 

📸 João Sanchez

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