Vida de Billie Holiday em Filme… com estreia a 20 de Maio

Assinala-se esta quarta feira, 7 de abril (de 1915), 106 anos desde o nascimento de Eleanora Fagan Gough, eternamente conhecida por Billie Holiday. A longa-metragem realizada por Lee Daniels, sobre os últimos anos da vida de uma das maiores divas do jazz – Estados Unidos vs Billie Holiday – estreia nos cinemas nacionais a 20 de maio.

Descoberta aos 18 anos pelo produtor John Hammond, com quem gravou o seu primeiro disco como parte de um grupo liderado pelo clarinetista Benny Goodman, a carreira de Billie Holiday acelera entre 1935 a 1941, gravando sucesso após sucesso com o pianista Teddy Wilson.

 

Em 1936, Holiday deu início a uma série lendária de colaborações com o gigante do sax tenor Lester Young, cujo tom complementar foi um parceiro perfeito para Billie. Na época em que Holiday se juntou à fenomenal Orquestra Count Basie para turnés em 1937, ela era já uma força imparável, adequada para os concertos de maior rentabilidade nos Estados Unidos. Em 1938, Artie Shaw convidou a diva para liderar a sua orquestra, tornando Billie na primeira mulher negra a trabalhar com uma banda branca.

 

O sucesso profissional foi no entanto acompanhado por uma vida dura, de dependência de droga e perseguição por parte do departamento de investigação de narcóticos do FBI, como arma contra o seu ativismo no âmbito dos direitos civis. Na década de 1930, durante a temporada que fez em Manhattan, “Lady Day” como ficou conhecida, leu pela primeira vez o poema ‘Strange Fruit’, uma descrição dos linchamentos no sul dos Estados Unidos. A música foi escrita para si e tornou-se a marca registada dos seus espetáculos, sendo considerada a primeira música de protesto da era dos direitos civis. O caráter controverso da letra levou-a trocar de companhia discográfica após a sua se recusar a gravá-la.

 

“Strange Fruit” tornou-se imediatamente um álbum de sucesso e uma referência cultural.

 

Estados Unidos vs Billie Holiday presta homenagem ao ícone do jazz, sem deixar de retratar as batalhas pessoais da cantora e a realidade da discriminação racial nos EUA da década de 50.

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