Criado inteiramente durante o confinamento e nos meses seguintes, “Os Três Irmãos” é o novo espetáculo do coreógrafo Victor Hugo Pontes, com texto original de Gonçalo M. Tavares.
Em cena estão três irmãos que se movimentam numa espécie de não lugar, procurando o rasto dos seus pais. Tentam fazer a sua ligação à terra e sobreviver à existência uns dos outros; praticam o jogo perigoso do encontro com o passado.
Relações de família, sentimentos de pertença e de orfandade, conflitos com o passado familiar, estratégias de sobrevivência: eis algumas das questões colocadas em cena ao longo dos 90 minutos desta criação. “O texto do Gonçalo M. Tavares fala sobre a vida em família: os conflitos, as tensões, a proximidade sanguínea entre irmãos, que dá força, mas também traz fantasmas e gera conflitos. São esses conflitos que vão desencadeando a ação”, afirma Victor Hugo Pontes.
Em palco, a peça desenrola-se em dois níveis de leitura. Um assente na coreografia, “que potencia os conflitos e as ações” das três personagens, interpretados pelos bailarinos Dinis Duarte, Paulo Mota e Valter Fernandes. E um outro relacionado com o texto, “que é projetado no palco e que foi escrito [por Gonçalo M. Tavares] propositadamente para cada uma das personagens, sendo que estas nunca o verbalizam em cena”, acrescenta o coreógrafo.
Esta nova criação de Victor Hugo Pontes conta ainda com música original da autoria de Joana Gama e Luís Fernandes.
Estreia no Teatro Viriato em Viseu nos dias 18 e 19 de setembro, assinalando o arranque da nova temporada
