Verão no gnration com Jaimie Branch, Mary Halvorson, Sara Serpa, Rui Reininho e muito mais…

Verão no gnration em Braga é sinónimo de jazz com o já habitual Julho é de Jazz. A sétima edição do ciclo que apresenta alguns dos nomes mais referentes do jazz moderno divide-se este ano em duas vésperas de fim-de-semana. A 8 e 9 de julho, o arranque do ciclo acontece com duas das mais relevantes artistas do jazz de vanguarda norte-americano. A trompetista Jaimie Branch, que se apresenta no primeiro dia, é um dos nomes da atualidade do jazz que mais atenção tem gerado à sua volta, muito por culpa dos dois tomos discográficos “Fly Or Die”. Na sua estreia em Portugal, Branch estará acompanhada por Lester St. Louis, no violoncelo, Jason Ajemian, no contrabaixo, e ainda pelo enigmático baterista Chad Taylor; já a guitarrista Mary Halvorson, que atuará no segundo dia, dará a conhecer o trio Thumbscrew, com Tomas Fujiwara, na bateria, e Michael Formanek, no contrabaixo. O talento singular da compositora será um regresso a Braga, depois de se ter apresentado em 2019 com o projeto Code Girl.

 

Já a véspera do fim de semana seguinte será totalmente dedicada ao jazz nacional e levará a palco dois quartetos. A 15 de julho, o saxofonista Ricardo Toscano mostrará a sua paixão por John Coltrane com “A Love Supreme”; no dia seguinte, o trompetista Luís Vicente convida o contrabaixista britânico John Edwards, a quem ainda juntará nesta estreia de formação o saxofonista norte-americano John Dikeman e o baterista holandês Onno Goevart.

 

Mas o jazz não se retém ao Julho é de Jazz no programa para o verão no centro cultural bracarense, que receberá a artista portuguesa Sara Serpa nos primeiros dias de julho. A sétima edição de De que falamos quando falamos de racismo, ciclo de conversas e cinema que coloca em debate o racismo e a discriminação racial, contará com a cantora e compositora, aclamada internacionalmente pela sua abordagem única ao canto, para dar a conhecer o seu filme-concerto Recognition: Music For a Silent Film, documentário experimental que parte dos arquivos da sua família e procura traçar o legado histórico do colonialismo português em África. O filme-concerto é apresentado a 3 de julho.

 

No programa expositivo, a convite do gnration e do Circuito, o projeto de serviço educativo da Braga Media Arts, o artista multidisciplinar britânico Mark Fell, nome histórico da música eletrónica, e o produtor e artista Rian Treanor, seu filho e nome já de culto na club culture, apresentam Inter-Symmetry na galeria gnration do gnration. A exposição dará a conhecer o resultado final do projeto que os dois artistas têm levado a cabo com utentes da CERCI Braga e um grupo de estudantes de artes visuais da Universidade do Minho. A exposição poderá ser visitada, gratuitamente, de 15 de julho a 25 de setembro.

Em agosto, o cinema volta a ocupar o pátio exterior do gnration nas noites de quinta-feira, com sessões ao ar livre e de entrada gratuita. A 5, 12, 19 e 26, o Cinema no Pátio apresenta, respetivamente, A Máquina de Matar Pessoas Más, de Roberto Rossellini, Até Nunca, de Benoit Jacquot, Esplendor, de Naomi Kawase, e Querido Diário, de Nanni Moretti.

Também durante o mês de agosto, o gnration acolherá dentro de portas um conjunto de residências artísticas dos projetos vencedores da edição deste ano dos Laboratórios de Verão, um dos programas de apoio à criação artística do gnration, destinado a artistas ou coletividades do distrito de Braga.

 

Em setembro, a música volta ao palco do gnration com a apresentação do novo trabalho em nome próprio de Rui Reininho, icónico vocalista dos GNR. “20.000 Éguas Submarinas” é editado este mês de junho e sucede a “Companhia das Índias”, lançado em 2008. Para além de Rui Reininho (vozes, gongos, taças e percussões) e Paulo Borges (piano, sintetizadores, programações e guitarras), o disco conta com a luxuosa participação de Alexandre Soares (Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso), Pedro Jóia, Tiago Maia, Eduardo Lála, Ruca Rebordão, Moisés Fernandes, Daniel Salomé e Jacomina Kistemaker, que Reininho considera “uma grande referência para o disco”. O disco é apresentado em Braga a 11 de setembro.

A 18 de setembro, o gnration estreará um novo ciclo de programação pensado para o formato online. Órbita inaugura com a colaboração artística entre o músico Sarnadas e a artista multidisciplinar Inês Castanheira. Sarnadas é o projeto dedicado à música eletrónica de João Sarnadas, músico do Porto que também se dá a conhecer como cantautor em Coelho Radioactivo.

A encerrar o programa do trimestre, a 25 de setembro, os lisboetas Gala Drop regressam ao gnration depois de terem estado em residência artística para a conceção de um novo trabalho. A banda, agora formada por Afonso Simões (bateria), Nelson Gomes (sintetizadores) e Rui Dâmaso (baixo), antecipa em palco um novo disco que porá fim a um interregno discográfico de vários anos e que sucederá a “II”, editado em 2014.

 

Após o verão, e para o último trimestre do ano, o gnration avança já a confirmação de keiyaA (na foto), nova coqueluche da Soul e R&B norte-americano. A cantora e produtora oriunda de Chicago estreia-se em Portugal para apresentar o seu disco de estreia, “Forever, Ya Girl”, editado em 2020. Atua em Braga na tarde de 28 de novembro.

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