Substituir os carismáticos My Dying Bride não é tarefa fácil para ninguém – mesmo que seja também uma banda de doom – mas trazer tanta melancolia a um festival cheio de dinamismo torna a missão ainda mais difícil.
Tentaram adaptar-se, mas pedir ao público “Façam barulho!” em semelhante contexto sonoro acabou por soar estranho, confundindo ainda mais os fãs da banda que nem reconheceram a formação actual.
Mas são já 20 anos desde o último álbum “Locus Horrendus – The Night Crisis Of A Sullen Soul…”, e 13 desde o EP “Crowfix”, pelo que todos os temas eram mais do que conhecidos desses mesmos fãs, que acabaram por não arredar pé da frente do palco até aos últimos acordes de “The Purest Dreamer”.
Quem gosta de mais animação aproveitou para jantar, mas quem tem uma inclinação para o sofrimento em forma de música, aplaudiu com fervor.
Reportagem / Fotografias: Renata Lino
