Depois da estreia em 2017 e de, durante o ano seguinte, percorrer várias cidades do país, “Um Solo Para a Sociedade” regressa aos palcos no próximo dia 27 de Setembro. Desta vez, é o palco do Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, que recebe a peça de São Castro e António Cabrita.
“Um Solo Para a Sociedade” nasce a partir do monólogo, que é também uma peça de teatro, “Contrabaixo”, de Patrick Süskind, onde o autor coloca em paralelo a hierarquia de uma orquestra e a complexa organização da sociedade. O indivíduo é colocado no lugar do contrabaixo e o contrário também acontece, reflectindo sobre a importância de cada um num contexto mais lato, possibilitando apartar-se do mundo que o rodeia, permitindo viver a sua singularidade, numa sociedade que parece reproduzir eternamente aquilo que é semelhante.
“Aprofundar a relação que se estabelece com o espectador, e vice-versa, através da reflexão sobre como as pessoas que ocupam um território comum, sendo também de, certa forma, constituintes de uma cultura comum, se relacionam entre si, sobressaindo do grupo o indivíduo e, por conseguinte, a sua natural vontade de sobressair“. É este o tema que sempre ocupou os grandes pensadores e que os autores São Castro e António Cabrita quiseram abordar mas transferindo a mediação das relações entre o indivíduo e a sociedade para o próprio corpo.
Neste solo, o protagonista é Miguel Santos, sendo que o conceito e a música original são da autoria de São Castro. A música adicional ficou a cargo de Daniel Bjarnason, Hildur Gudnadóttir, Jean Sibelius e Jean-Baptiste Lully. António Cabrita, juntamente com São Castro, são os responsáveis pela coreografia, desenho de luz e figurino.
“Um Solo Para a Sociedade” é a peça em circulação que marca o início da nova temporada da Companhia Paulo Ribeiro, desta vez no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, dia 27 Setembro
photo: António Cabrita
