Tim Hecker volta a Portugal para apresentar o seu mais recente álbum, “No Highs” que será lançado no próximo dia 7 de abril.
O concerto tem lugar na Culturgest, no dia 20 de abril e, no dia seguinte, atua no gnration, em Braga. O concerto, em Lisboa, conta também com a presença do músico Fumiya Otonashi, especialista no instrumento japonês Shō (aerofone de palheta livre).
Com mais de duas décadas de carreira, Tim Hecker é um nome incontornável da música eletrónica nos dias atuais. Vencedor de um prémio Juno, Hecker passou as últimas décadas a habitar uma intersecção única entre o ruído, a dissonância e a melodia. Nas suas variadas e celebradas obras observa-se um forte enlace entre fontes digitais e orgânicas.
Com efeito, são vinte anos de álbuns que mudaram, várias vezes, o modo como se ouve não só a sua produção musical como os próprios géneros: desde o borbulhar hertziano de álbum “Radio Amor” (2003) até ao mergulho no mundo neo-clássico com “Virgins” (2013), passando pelo nipónico “Konoyo” (2018) que trouxe até à Culturgest, em 2018, na companhia de Kara-Lis Coverdale e um ensemble gagaku.
É a partir deste ponto no globo que Tim Hecker preparou o seu novo álbum. Com onze faixas, o álbum “No Highs” combina eletrónica com piano e buzinas, incluindo saxofone modal e, ainda, a participação especial do saxofonista e compositor américo-canadiano Colin Stetson.
O álbum opõe-se ao “dilúvio do falso positivo ambiente capitalista atualmente em voga“, como referiu o músico canadiano. O resultado é uma estética híbrida que relembra a abstrata eletrónica e o minimalismo psicadélico.
A música de Tim Hecker volta a ter a aptidão de ocupar grandes espaços geográficos, culturais e psicológicos, atribuindo-lhes uma nova dimensão.