The Jack Shits + Panado no Sabotage…

Os The Jack Shits são uma banda de garage rock, oriunda do Barreiro, que junta Jack Legs (Diogo Augusto), Jack Straw (Samuel Silva), que integra(ram) bandas como os Sonic Reverends ou os Los Saguaros – e Jack Suave (Nick Nicotine), de bandas como a Nicotine’s Orchestra, The Act-Ups ou Bro-X.

“The Fine Art of Bleeding” foi o EP de estreia da banda que apresentou, pela primeira vez, uma amostra do que estes tipos têm andado a fazer. Foi lançado no final de 2013 em vinil de 7 polegadas pela Experimentáculo Records e pela Monotone Records. São 4 temas crus, sem esquisitices e directos ao assunto, características que são a imagem de marca da banda.

Já em Março de 2014, o longa-duração “Chicken Scratch Boogie”, com 12 temas, foi lançado pela Experimentáculo Records e continua a explorar o tom do EP de estreia com temas gravados no Estúdio King – Barreiro ao vivo e ao primeiro take.

Em Novembro 2015, soltam o seu novo álbum “Tape Ex Machina“, pela mão da Experimentáculo Records, com 12 temas garage rock delicioso, e que por ironia do destino, pouca vezes foi apresentado ao vivo.

Neste Natal de 2017 arranca uma mini Tour de apresentação com sabor a saudades deste energético trabalho e a coisa promete já no dia 22 de dezembro no Sabotage Club

E depois da espera, lá chegou a bonança. Formados pelo Diogo na guitarra e na voz, Lourenço no baixo e na voz, e Bernardo na bateria, os Panado utilizaram o seu 2016 da melhor forma, fazendo o máximo de barulho possível por metro quadrado e a feliz consequência está prestes a sair cá para fora. Sem antecedência de aviso ou um EP para quebrar o gelo, os Panado dizem agora olá ao (sub)mundo, com “Juventude Coxa”. Sediados na Amexoeira, mas com as asas viradas para o mundo, é lá que chateiam os vizinhos e todos os mecânicos das redondezas. Depois de assegurarem que os mais diversos palcos deste país tinham apoio lombar, a jovem banda acampou por breves momentos nos Estúdios King (Hey Pachuco!) durante o passado Inverno, e com a ajuda do seu fiel companheiro Cláudio Fernandes, (PISTA, Nada-Nada, Cangarra entre outros), regurcitou o seu primeiro longa-duração. “Juventude Coxa” são 3 putos, 8 músicas e tudo o que ficou pelo meio.

Mais do que músicas são canções. E mais do que canções, são malhas. São 35 minutos de feedback, distorção e esquizófrenia latina. Com mais ouvidos que barriga, os Panado presenteiam-nos com uma viagem alucinante ao rock sónico dos anos 90, misturada numa nuvem de delay e melodias hipnóticas, onde o ritmo, a cor e a atmosfera das suas canções tornam “Juventude Coxa” num teatro sonoro especial.

Depois de estremecerem vários palcos nacionais (desde o Café Au Lait no Porto, até à SHE em Évora, do Barreiro Rocks 2016, ao Musicbox, passando também pelas Cartaxo Sessions ou pelo Sabotage), a jovem banda perdeu a “Preguiça” e lançou assim o 1o single, que seguida de “Cerca”, serviram para deixar água na boca até ao mais hidratado melómano.