Nos próximos dias 25 e 26 de novembro, o Super Bock Em Stock recebe alguns dos principais representantes da música emergente do momento.
Um dos principais objetivos do festival sempre foi levar o público à descoberta, conquistado pelas novas sonoridades que passam por qualquer um dos palcos espalhados pela Avenida da Liberdade e arredores. Gretel Hanlyn, Zé Ibarra, Zola Blood, The Lemon Lovers, Rita Dias, Desconectados e CAIO são as novas confirmações.
Gretel Hänlyn é uma jovem cantora, compositora e guitarrista, criada numa dieta musical à base de Nick Cave e, por isso, não foi surpresa quando, desde muito cedo, decidiu agarrar numa guitarra e começar a fazer as suas próprias canções. Influenciada por nomes como Nirvana e Wolf Alice, Gretel encontrou na música o meio ideal para se expressar. A sua identidade artística começou a definir-se desde esses primeiros tempos, numa mistura de grunge hi-fi, pop gótico e baladas indie. As suas boas notas levaram-na querer formar-se em Física, mas as canções acabaram mesmo por falar mais alto. E, em poucos meses, Gretel preparou um EP com dez faixas. “Slugeye” foi editado em 2022 e recebeu os elogios e a atenção de várias publicações.
Zé Ibarra é um dos músicos mais interessantes da nova Música Popular Brasileira. De regresso ao Brasil, depois de um mês e meio a viajar pela Europa com Milton Nascimento e com o projeto Bala Desejo, Zé Ibarra andou pelo Rio de Janeiro com seu espetáculo a solo. Mas o regresso à Europa, e mais especificamente a Portugal, está de novo no horizonte, com a atuação marcada para o Super Bock em Stock.
No projeto Bala Desejo, Zé Ibarra experimenta todas as possibilidades do desbunde e da atitude expansiva; com Milton explora mais a sua faceta enquanto cantor e intérprete; já nesta apresentação em nome próprio, o músico brasileiro pretende mostrar as suas outras facetas: como extraordinário músico, compositor e diretor musical.
Zola Blood são representantes de alguma da melhor música britânica da atualidade. Quando Matt West (voz), Ed Smith (sintetizadores), Sam Cunnington (bateria), e Paul Brown (guitarra) se encontraram para tocar juntos em 2013 logo captaram a atenção de uma cena musical sempre ávida das melhores novidades. Donos de uma energia contagiante, os Zola Blood fizeram crescer as expectativas entre aqueles (muitos) que passaram a acompanhar a banda, dando passos seguros até a estreia em disco com “Infinite Games”, um registo de 2016. O disco foi bem recebido, tanto pelo público como pela crítica, graças a temas como “The Only Thing”, “Infinite Game” e “Heartbeat”, talvez os pontos mais altos de um disco sem falhas.
The Lemon Lovers é mais uma banda que representa aquilo que de melhor existe na nova música portuguesa. Tudo começou quando os músicos João Pedro Silva e Victor Butuc começaram a tocar juntos, ainda no ano de 2012. O primeiro disco de longa duração surgiu em 2015, com o título “Loud, Sexy & Rude”. “The 55” e “No Shoes” foram singles que deixavam bem evidente o talento deste duo, donos de uma energia rock à qual era mesmo muito difícil ficar indiferente. A sua base de fãs foi crescendo e o projeto de João Pedro Silva e Victor Butuc passou mesmo por vários palcos europeus logo nesses primeiros anos…
Rita Dias é mais do que uma jovem cantora. A artista natural de Coimbra compõe, canta, escreve, faz teatro, faz rádio… Em suma, faz arte, que com o seu poder transformador atravessa os corações como só o amor consegue. Rita Dias faz da música e da palavra o seu ato político. Em 2022, regressa às edições discográficas, com o lançamento do novo álbum de originais: “Morremos tanto para crescer”, com selo Valentim de Carvalho.
Desconectados é o nome do projeto liderado por Pedro Vidal, guitarrista e diretor musical de Jorge Palma, parceiro de estúdio e palco dos Wraygunn, guitarrista e companheiro de discos e digressões dos Blind Zero, assim como produtor musical da série da RTP “Filhos do Rock”. Mas Pedro Vidal não está sozinho e faz-se acompanhar por músicos de excelência: Eurico Amorim nas teclas, Miguel Barros no baixo e Bruno Oliveira na bateria. O disco de estreia, “Liberdade Incondicional”, apresenta 12 temas, o culminar de um percurso trilhado por Pedro Vidal, na busca da sua voz, da sua palavra, da sua música…
O músico João Santos tem-nos habituado ao longo dos últimos anos a alguns dos mais interessantes lançamentos sob o pseudónimo CAIO. No seu cardápio de histórias, conta já com dois discos e dois EPs. No novo trabalho de originais, abre-nos o almanaque do seu coração. Estas são histórias de catarse e superação em capítulos que sangram uma visão crua do que é o amor, do bem que nos traz e do mal que nos faz, e das várias paragens rumo a um porto seguro.