Os The Libertines foram formados em Londres em 1997 pelos amigos Pete Doherty e Carl Barât e rapidamente se tornaram numa das bandas mais importantes e marcantes da cena indie rock inglesa numa década dominada por nomes como Oasis, Blur e até Pulp entre muitos outros. Apesar de uma história conturbada, os seus álbuns “Up the Bracket” (2002), “The Libertines” (2004) e “Anthems for Doomed Youth” (2015) revelaram-se marcantes para os fãs do rock e do indie rock.
Com uma sonoridade única que mistura o som da guitarra dos anos 60 com o Britpop dos anos 90, combinado com o charme carismático do vocalista Tom Concannon e a sua presença em palco, rapidamente conquistou o público, já em menor numero depois da atuação dos The Waterboys, no último dia do Festival Vilar de Mouros.
Abrindo as hostilidades ao som de “Run Run Run”, o público foi imediatamente catapultado de volta para a era dourada do indie sleaze. Apesar da amizade turbulenta ao longo dos anos, Pete e Carl pareciam mais próximos do que nunca, enquanto que se juntavam para cantar no mesmo microfone temas como “Vertigo” e “What Became of the Likely Lads”.
“Can’t Stand Me Now” trazia a nostalgia a palco e à medida que o concerto avançava, os The Libertines brindaram o público com uma interpretação de “Gunga Din” – faixa que marcou o regresso do seu hiato de 11 anos para o álbum de 2015, “Anthems for Doomed Youth”. Mas é isso que acontece com os The Libertines – apesar das pausas significativas na sua carreira, são uma banda que nunca desaparece verdadeiramente e, em 2024, parece que estão mais brilhantes do que nunca.
Voltando ao palco uma última vez, os The Libertines encerraram a noite com os acordes familiares de “Don’t Look Back Into The Sun”
🖋 Sandra Pinho
📸 Paulo Homem de Melo