Salomé… O Teatro Nacional São João reencontra-se com o seu teatro íntimo e ritual

Três anos depois de coproduzirem Este É o Meu Corpo, ciclo onde Mónica Calle revisitou quatro emblemáticos solos, o Teatro Nacional São João reencontra-se novamente com o seu teatro íntimo e ritual com Salomé que teve a sua estreia esta quinta feira, 2 de novembro.

Poema dramático simbolista de Oscar Wilde, Salomé foi escrito em 1892 e baseia-se na história bíblica da decapitação de São João Batista. A peça do escritor irlandês é aqui o horizonte onde se inscrevem as obsessões temáticas e formais, numa palavra: performativas  de Mónica Calle. Em Salomé, sonda a arte como potência ou força capaz de abalar as hierarquias de poder e dominação, bem como as tentativas de silenciamento da memória individual e coletiva.

 

Salomé tem interpretação de João Cravo Cardoso, Johann Ebert, José Miguel Vitorino, Maria Teresa Projecto, Miguel Fonseca e Mónica Garnel. O elenco foi selecionado a partir de uma audição/workshop destinada a atores e a cantores líricos, que decorreu no Mosteiro de São Bento da Vitória no passado mês de julho.

Salomé teve estreia no Teatro São João esta quinta feira, 2 de novembro e fica em cena até ao dia 12 deste mês.

📸 Paulo Homem de Melo

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