Rock In Rio Lisboa 2022… Anitta em palco parte 2

Confesso que foi complicado escrever algumas palavras sobre o concerto de Anitta no Rock in Rio Lisboa2022. Confesso que depois de tanta polémica e confusão, criticas e ofensas ainda se tornou mais difícil delinear um pensamento.

Recupero as palavras do concerto de 2018 naquele mesmo espaço… O que esteve em palco? O show das poderosas ou o poder da imagem da mulher? Anitta conseguiu mostrar que o conceito de uma mulher bonita mudou?

 

Quem esteve no Rock in Rio em 2018 teve a oportunidade de assistir à ‘primeira parte’ do concerto da Anitta em Portugal. Um concerto onde houve sem dúvida um grito feminino de chamada de atenção para a questão do corpo da mulher e da sua liberdade.
4 anos depois o fenómeno Anitta Superstar já é global. Anitta é uma artista do mundo, cresceu, conquistou público nos mais diversos países, e a prova disso é que muito do público que se encontrava ao inicio da noite de domingo no Rock in Rio Lisboa não eram nem Portugueses nem Brasileiros.
Fala-se da questão da bandeira, mas provavelmente pelo que se passou naquele palco é uma não questão, mas também não queria imaginar se isso tivesse acontecido no Brasil, com uma bandeira da Argentina…

 

Mas deixemos de lado as bandeiras e falemos do concerto. 80 mil pessoas foram ao Parque da Bela Vista por causa da Anitta, ponto final. Pessoas a quem a música da artista diz algo, um público que vibrou ao longo de 90 minutos, um público que não se importou se a Anitta estava a fazer playback ou utilizava uma linguagem menos própria em palco ou se exibia exageradamente os seus atributos fisícos.
Público que viveu uma noite de alegria e felicidade ao som dos decibéis que emanavam em palco.
Um festival quando anuncia um artista está a pensar no seu público alvo. Quem foi sabia ao que ia, queria assistir ao vivo à segunda parte do show das poderosas e foi isso que aconteceu.

Se se gosta da música da Anitta? Isso diz respeito a cada um, à liberdade de expressão e opinião. Deve-se respeitar quem gosta e quem não gosta. Cerca de 80 mil pessoas não deviam estar enganadas.
Deixem-se ficar com as imagens do Arlindo Homem que ilustram a parte visual do concerto…


Reportagem: Sandra Pinho
Fotografias: Arlindo Homem

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