O segundo dia do Rock in Rio Lisboa coincide com um domingo. Por norma os festivais não acontecem ao domingo, mas este seria um domingo diferente, num festival com muitas diferenças em relação a outros que conhecemos.
Um domingo que se previa de enchente, como se constatava pouco depois das 11 horas da manhã, com filas extensas para entrar no Parque da bela Vista. A previsão apontava para 85.000 pessoas, sobretudo para ver o pequeno Grande Bruno… mas não só…
O palco Super Bock Digital Stage era uma das novidades da edição deste ano. Puro entretenimento, promovendo uma interação direta entre o público e os seus ídolos, num espetáculo inédito ao vivo. Karaoke, lip sync battles, sketches de humor, battles de games, desafios interativos e quizzes, atrações musicais e momentos virais foram alguns dos momentos a que assistimos e que até podíamos participar, à semelhança do primeiro dia. Nomes como Miss Mushrooms, Tiagovski, Marco Gonçalves, Barbnara Bandeira, Windoh, Sea e Mike Lyte, entre outros, marcaram presença na quente tarde de domingo cativando público de todas as idades, mas sobretudo os mais novos, provocando autênticos ‘engarrafamentos’ na circulação para o palco Music Valley
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As tardes na EDP Rock Street, animavam-se mais uma vez com os sons da lusofonia. Karlon subiria a palco 2 vezes, uma das quais para substituir Baloji, que teve que cancelar o concerto. A mistura do hip hop, com as sonoridades musicais de Cabo Verde, conquistaram mais uma vez o público que circula na rua mais equidistante do Parque da Bela Vista.
Para combater o calor, mas abaixo junto ao palco Music Valley, as Somersby Pool Parties animavam o espaço, refrescando o ambiente para o primeiro concerto da tarde. Uma tarde de calor mas com uma piscina menos concorrida em relação ao primeiro dia.
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O projecto Luso-Brasileiro Língua Franca dava as boas vindas ao público que timidamente se aproximava da colina que descia para o palco. Capicua, Emicida, Rael e uma convidada muito especial, Sara Tavares, fizeram as honras de abertura do palco Music Valley. Canções do projecto Língua Franca, canções de Capicua e canções de Sara Tavares, conquistaram gradualmente um público que desafiava o calor para se envolver nas rimas debitadas em palcos pelos MC’s Brasileiros.
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No Palco Mundo Agir fez estremecer o final de tarde do Rock in Rio Lisboa. O espectáculo preparado especialmente para esta ocasião fez o público vibrar e emocionar-se, tendo contado com várias surpresas ao longo de uma hora de actuação. A portuguesa Carolina Deslandes, Manu Gavassi e um insólito pedido de casamento em palco foram algumas das surpresas preparadas por Agir que emocionaram o público e que mostraram todo o empenho do artista em dar um espectáculo memorável e irrepetível.
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As canções foram pensadas para que o concerto fosse uma grande festa e que fosse cantado a uma só voz: “Como ela é bela”, “parte-me o pescoço”, “makeup”, “tempo é dinheiro” foram apenas alguns dos temas que fizeram estremecer o maior palco do mundo, abrindo assim o caminho para a Brasileira Anitta.
Mais uma vez seria o palco Mundo que iria concentrar as atenções ao inicio da noite, sobretudo com a presença da Brasileira Anitta, que fazia a sua estreia em palcos nacionais.
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O que esteve em palco?
O show das poderosas ou o poder da imagem da mulher?
Anitta conseguiu mostrar que o conceito de uma mulher bonita mudou?
A ideia pré-concebida da mulher perfeita magra e poderosa foi ultrapassado pela imagem feminina da mulher que aceita o seu corpo tal como é e que não tem pudor de o mostrar em público e em palco.
O poder da imagem pode passar uma mensagem diferente e julgo que este “show” das poderosas ganhou pela brilhante ideia em que as dançarinas em palco exibiam o seu corpo de forma igual independentemente de serem magras ou mais gordinhas. Houve sem dúvida um grito feminino de chamada de atenção para esta questão .
Para além de Anitta em palco esteve acima de tudo a mulher !!
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E seria outra mulher a dar cartas no palco Mundo. Longe do universo Disney onde a conhecemos, Demi Lovato explorou a sensualidade em palco. Longe da revolução que Anitta impôs, Demi apostou na sexualidade para transmitir a sua mensagem, por vezes não conseguindo o que se propunha fazer. Acompanhada de bailarinos em coreografias ousadas, Demi acabou por apresentar as suas canções de forma programada, mudando de visual ao longo do concerto que por vezes dava a sensação de se alongar demais.
Faltando a chama imposta por Anitta, valeu o ‘vibe’ que recebia do público, muito dele fãs da cantora norte americana.
Há situações que se repetem e o senhor que se seguia no Palco Mundo confirmava. O palco principal preparava-se para assistir ao concerto que todos esperavam… o pequeno grande Bruno Mars.
Em 2017 o músico já tinha esgotado a Altice Arena no arranque da digressão “24k Magic World Tour”. Em 2018 a situação repete-se, desta vez esgotando o segundo dia do Rock in Rio Lisboa.
Partindo das canções do disco “24K Magic”, Bruno Mars apostou num concerto que percorreu os mais diversos sucessos da sua carreira. Se a abrir a noite repescou dois temas do mais recente disco, o concerto prossegui com as várias fases de uma carreira que já se estende por vários anos. Ritmos loucos e desenfreados com o palco literalmente a arder, baladas emotivas e psicadelismo selvagem, tudo se encaixava na perfeição no alinhamento de Bruno.
Recordando as palavras de Roberta Medina no final da edição de 2016, “desejo de trazer o músico norte Americano Bruno Mars”, o desejo foi concretizado com uma das maiores enchentes do Festival. “That’s what I Like” a encerrar o primeiro fim de semana do Rock in Rio Lisboa.
Bruno Mars não autorizou a captação de fotografias
Chegava ao final o primeiro fim de semana do Rock in Rio Lisboa com 156.000 pessoas a marcar presença no parque da Bela Vista. Muita animação, música, piscina, jogos e até um food court gourmet.
No próximo fim de semana estamos de regresso à bela Vista com mais fotografias, reportagem e entrevistas em directo.
Reportagem: Sandra Pinho
Fotografias: Paulo Homem de Melo
