Raye… provavelmente o melhor concerto do MEO Kalorama

É um exemplo perfeito de uma honestidade franca e despretensiosa que percorre o espaço temporal do concerto no último dia do MEO Kalorama de Raye.

Sincera, cativante e por muitas vezes hilariante, Raye esteve sempre empenhada em partilhar os seus sentimentos com todos os que a ouvem. A sua natureza de livro aberto faz com que fiquemos hipnotizados por ela desde o início – mas são os seus dotes vocais que garantem o seu estatuto de talento único numa geração.

Foi no inicio do ano de 2024 que Raye ganhou seis dos sete Brit Awards para que estava nomeada. Foi a cereja no topo do bolo após 12 meses brilhantes que se seguiram a uma separação pouco animadora com a sua antiga editora. Com o lançamento do seu muito aguardado álbum de estreia, “My 21st Century Blues”, Rachel Keen, nascida no sul de Londres, tornou-se na artista que sempre sonhou ser, combinando uma sonoridade R&B, house e pop.

Em palco, Raye bate com o punho no chão ao ritmo da batida da bateria, balança o microfone para acompanhar os acordes musicais e bate os pés descalços ao som dos trinados da secção de metais. Quando partilha ideias sobre como surgiram as faixas mais ternas do disco, consegue fazer com que um espaço de milhares de pessoas se sinta íntimo.

🖋 redação

📸 Arlindo Homem

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