Os PAUS escolheram o Hard Club para apresentarem o seu novo disco, “Madeira”, que ficou disponível nas plataformas algumas horas antes do concerto.
Falar de PAUS é falar de ritmo. Um ritmo enérgico e alucinante que nos leva para mundos diferentes. Em “Madeira”, o destino da viagem é o próprio arquipélago homónimo. Ao longo de nove músicas, o grupo constituído por Hélio Morais, Quim Albergaria, Makoto Yagyu e Fábio Jevelim retrata-nos um lugar colorido que mistura o continente Europeu com o Americano e Africano. Apesar de ser um álbum com vozes mais simples, a essência do grupo mantém-se e nota-se uma evolução na complexidade e criatividade da melodia.
No Hard Club, os PAUS não desiludiram e fizeram a festa como só eles sabem fazer. Com as músicas novas bem fresquinhas, a energia da banda atingiu a sala cheia ao longo de cerca de 1h30 e 16 canções. A bateria siamesa continua a ser um dos pontos mais fortes e curiosos do grupo mas a simbiose com a intensidade das teclas e o acompanhamento seguro do baixo criam toda uma experiência sensorial (a vários níveis) que muitos poucos artistas conseguem. A boa disposição de todos os elementos da banda traduziu-se em imensos sorrisos e gargalhadas durante os intervalos entre músicas, culminando tudo num final que só se pode descrever como apoteótico, com Makoto Yagyu a aproveitar para dar umas braçadas por cima do público.
Pode-se considerar que tanto os álbuns como os concertos dos PAUS são muito mais do que isso. São como postais que guardamos de uma grande e bela viagem que fizemos. As canções não são canções, são tours por locais diferentes, estranhos e com horizontes incertos e incomuns. E, se eles próprios afirmam que é na incerteza que encontram a felicidade, nós ficamos felizes com a incerteza certa que as suas músicas nos dão.
Antes do concerto a Glam Magazine esteve à conversa em modo informal com a banda que explicou o conceito que esteve como base à construção do disco “Madeira”
Fotografias e Reportagem: Vasco Coimbra
Entrevista: Paulo Homem de Melo
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