Os Ritmos Urbanos no Festival Iminente…

O Festival Iminente regressou ao Miradouro Panorâmico de Monsanto entre os dias 19 e 22 de Setembro. A cultura urbana marcou o primeiro dia do festival com a passagem em palco entre outros de Deau, Força Suprema, Holly Hood, Kappa Jotta, Rafa G, Vado Más Ki Ás e ainda Julinho KSD integrado no movimento ‘It’s a Trap’.

Deau é um MC com espírito de missão.

Deau é Daniel Francisco, rapper do Porto nascido em 1988 e que a meio da década de 1990 já tinha consciência da cultura que o haveria de acolher.

Força Suprema começou em 1998 e são uma das maiores referências do rap vindo da Linha de Sintra. Começou tudo com Masta, NGA e Belzebu, que no fim da década de 1990 formaram a “clique” SNK (Street Niggaz Krew), com vários MCs da zona de Sintra, entre os quais G-Don que mais tarde passaria a chamar-se Don-G.

Holly Hood é um rapper que vem da Linha da Azambuja. Um talento precoce, que começou a fazer as suas primeiras rimas com pouco mais de dez anos, inspirado pelos nomes da velha escola do rap em Portugal.

Kappa Jotta é um dos nomes da nova geração do rap em Portugal e um autêntico fenómeno de popularidade. Em 2019, conta já com dois singles novos, “Djah Djah” e “Off Set”.

Rafa G ainda é um segredo para muitos: tem 21 anos, vem do Vale da Amoreira, mas começa a ser uma referência do rap crioulo. Para breve está prometido o seu primeiro EP.

Osvaldo Landim, mais conhecido por Vado Más Ki Ás, ou simplesmente Vado, é a prova viva que o crioulo, enquanto língua, é cada vez menos uma barreira para identificar talento, musicalidade e energia, uma energia tão boa que ninguém fica indiferente às suas performances ao vivo.

Foi em Dezembro de 2016 que aconteceu a primeira edição das festas It’s a Trap. Hoje, em 2019, é seguro dizer que, além de pioneiro, já se afirmou como o grande movimento do género trap em Portugal. Já não é só uma festa, mas um movimento que tem a missão de explorar e dar a conhecer as várias vertentes da cultura, um pouco à moda de “contra tudo e contra todos”, comparada muitas vezes à cultura punk vivida nas décadas de 1970 e 1980. No Festival Iminente, a It’s a Trap Experience contou entre outros com Julinho KSD.

 

Fotografias: Lucas Coelho

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