Os Mantras do Coliseu… 10 artistas musicais, visuais e da poesia mostram-se ao público em dias de espetáculo

A partir deste sábado, 1 de abril, quem entrar no Coliseu Porto passa a poder ouvir música original de artistas nacionais. Pedro Abrunhosa, Manel Cruz, Pedro Burmester & Ricardo Burmester, Surma, Noiserv, Carlos Azevedo e Alexandre Soares, as vozes dos poetas Pedro Lamares e Filipa Leal, e, na videografia, André Tentúgal, são os nomes que se associam ao Coliseu para uma intervenção artística no espaço.

 

Mantras”, assim se chama o projeto que pretende dotar a Sala, o Foyer, os corredores e o átrio de entrada com novos sons e imagens, vai permitir ao público que vem a um espetáculo a oportunidade de se relacionar com uma experiência multissensorial alargada, que quer ir além do que se passa no palco.

 

“A partir de agora, o Coliseu está sempre habitado, numa residência artística permanente, por parte de alguns artistas que são património imaterial do Coliseu, e de outros que esperamos que se liguem a esta casa para sempre. É um laço afetivo. Mantras de identidade pessoal e de intervenção artística no espaço”, explica Miguel Guedes, que assumiu a direção do Coliseu em fevereiro deste ano.

 

No Foyer e nos corredores de acesso à Sala Principal vão ouvir-se, antes e após cada espetáculo, Mantras de diferentes estilos, músicas mais etéreas do que canções, que se apresentam em loop, à cadência de um por dia. Do clássico ao circense, a seleção procurará ir ao encontro da identidade de cada espetáculo.

 

Pedro Burmester, um dos maiores pianistas portugueses, foi desafiado a interpretar um trecho musical clássico, e escolheu fazê-lo a quatro mãos, ao lado do seu filho, Ricardo Burmester; David Santos, nome que materializa o projeto Noiserv, inspirou-se nas sonoridades mais alternativas; Manel Cruz, a voz dos Ornatos Violeta, dedicou o seu trecho musical aos públicos infantojuvenis; Surma, nome artístico de Débora Umbelino, transpôs para notas musicais a sua identidade eletrónica; Carlos Azevedo, compositor e pianista de música clássica e jazz, puxou da memória da primeira vez que o pai o levou a ver Circo no Coliseu para criar um Mantra circense. Os Mantras do Foyer ficam completos com a sonoridade original de um artista com o qual o Coliseu tem uma ligação histórica e umbilical: Pedro Abrunhosa.

 

No átrio de entrada do Coliseu e na Sala Principal vai soar, em exclusivo, o Mantra de Alexandre Soares, que vai aquecer ainda mais o ambiente e a expectativa pelo espetáculo que se iniciará em poucos minutos. O eclético cofundador dos GNR, Três Tristes Tigres e Osso Vaidoso dá as boas-vindas ao público com uma sonoridade pulsante, centrada na guitarra e nos sintetizadores.

 

Aos Mantras musicais, os poetas e diseurs portuenses Pedro Lamares e Filipa Leal vão acrescentar notas e pistas poéticas sobre o espetáculo da noite e a identidade do Coliseu. Mas não só. Todos os meses serão temáticos. Os Mantras vão ganhar diferentes identidades, acompanhando cada um dos temas do mês. Abril no Coliseu terá como tema a Diversidade, que conflui no subtema da Voz. Uma escolha natural num momento em que o Coliseu ganha novas vozes, mas também porque, em abril, se assinala o Dia Mundial da Voz. Cada tema será vertido e interpretado na programação do Coliseu.

 

Os Mantras musicais e poéticos complementam-se com o Mantra visual videográfico da autoria de André Tentúgal. O artista visual portuense vai trabalhar a agenda de programação do Coliseu, dando-lhe uma nova imagem com a sua curadoria. A programação será exibida em todos os espetáculos, em 10 ecrãs espalhados pelo Coliseu

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