O Festival dos Canais está de regresso a Aveiro. Tal como nos anos anteriores, a edição de 2022 voltará a distribuir-se por duas etapas, a acontecer nos dias 14 a 17 e 22 a 24 de julho. Música, teatro, dança, novo circo, artes visuais, atividades para crianças e diversas outras áreas artísticas estarão representadas no evento, com artistas nacionais e internacionais, podendo-se contar com diversas estreias. A entrada é sempre gratuita.
Uma das novidades na área da música é o regresso ao Cais da Fonte Nova, o maior recinto do festival. É lá que vão acontecer duas das maiores atuações. O primeiro foi concebido para este evento e junta a Banda Sinfónica de Aveiro – Banda Amizade a três das mais conceituadas vozes femininas do panorama musical nacional: Aurea, Carolina Deslandes e Rita Redshoes. O segundo concerto será de AGIR (dia 23).
Na Praça do Marquês de Pombal vão estar Camané (dia 14), Moonshiners com The Legendary Tigerman, Fanfarra Káustika e O Gajo (dia 15), ficando o outro palco instalado na Escadaria do Atlas Aveiro, onde vão atuar, sempre ao final da tarde, Marinho (dia 14), Slimmy (dia 15), Peter Storm & The Blues Society (dia 16), Carapau Orkestra (dia 17), Paraguaii (dia 22), Cachupa Psicadélica (dia 23) e Mirror People (dia 24).
Há ainda lugar para um concerto muito especial de Noiserv, a acontecer no Coreto do Parque da Cidade (dia 16). Memorável promete ser ainda uma fusão entre imagem e música nos Claustros da Igreja do Carmo, na qual as fotografias dos participantes no Laboratório de Fotografia Viagens na Minha Terra em Aveiro, orientado por Augusto Brázio e Nelson D’Aires, se misturam com a música da Escola de Música da Quinta do Picado (dia 23).
No circo contemporâneo, uma das áreas mais marcantes do Festival dos Canais, assinale-se a apresentação de MÙ – Cinemátida de Fluidos, um espetáculo de grande escala da Companhia Transe Express, que se inspira no imaginário de Júlio Verne (dia 23). Também os Deabru Beltzak prometem aquecer os ânimos com a sua Symfeuny, uma proposta criada a partir do fogo que irá convocar o público para uma parada (dias 15 e 16). Outra atuação a assinalar é Mutabilia, uma criação do Teatro do Mar que faz da ideia de casa o seu eixo.
Outro regresso do Festival dos Canais é o da Fanfarra dos Canais, projeto da Oficina de Música de Aveiro que reúne músicos profissionais e amadores numa formação itinerante para animar as ruas por onde passa, tendo no final do evento um concerto especial. Outro projeto construído com a comunidade é a peça de teatro As Sete Vidas da Argila – Como Boca-de-Barro Ganhou o seu Apelido, um espetáculo encenado por Jorge Louraço Figueira e concebido com o contributo da comunidade na criação e no elenco, ancorado na história da indústria cerâmica de Aveiro.
Outro dos regressos dá-se com duas zonas de estar que animaram o Festival dos Canais nos anos pré-pandemia, a Sala de eSTAR e a Funky Beach. A primeira situa-se na Praça da República e contará com um elenco de DJs que inclui nomes como Xico Ferrão, Rui Pimenta, Ricardo Beja, Nuno Calado, DJ Bent, DJ Ré e Isilda Sanches, assim como concertos de Mueran Humanos, Materia + Hari Sima e Londzdale’s Fantasy, com um bar de cafés e cervejas artesanais. Já a Funky Beach é uma verdadeira praia urbana, com areia incluída e um bar de cocktails, situada no Jardim do Museu de Aveiro / Santa Joana, que terá atuações dos DJs Phephz, Colorau Som Sistema e Rico Demus, bem como concertos de O Gringo Sou Eu, Uhai e Till Sunday Pirate.
O Festival dos Canais volta a contar com uma exposição. Desta feita será MagiC Carpets Landed, uma mostra inspirada em Xerazade, personagem do livro As Mil e Uma Noites, que conta com o contributo de 15 países e integrou o programa de abertura de Kaunas 2022 – Capital Europeia da Cultura, no qual está incluído um programa de performances. Outra proposta a ter em conta é a instalação Rising, da dupla Mouawad Laurier, que aborda o tema das alterações climáticas e da subida do nível do mar.
