MUPA está de regresso a Beja…

O festival bejense MUPA regressa à cidade já no dia 22 de junho, com concertos, exposições, conversas e muito mais até 26 de junho

 

Para a edição de 2022, o MUPA conta com uma variedade eclética de nomes no seu cartaz: África Negra, a banda ícone de São Tomé e Príncipe, o trio de krautrock do Chile, Föllakzoid, um nome emergente do drill tuga, Cookie Jane e ainda Ghoya, rapper cabo-verdiano e co-fundador do grupo Mentis Afro.

Numa vertente mais experimental, chegam a Beja, ainda, nomes como Riccardo La Foresta, o artista sonoro de Modena (Itália), a lisboeta Clothilde, Gadutra, parte produtor, parte DJ, que apresenta um imaginário mais dançável do recém-lançado disco “lagarta” (Troublemaker Records).

O MUPA recebe também a produtora e DJ Lapili, que tem vindo a marcar terreno no perreo, na cabine de clubes gigantes e no estúdio; de Barcelona, o Jokkoo Collective, que traz os DJ-sets de Baba Sy e MBODJ; da cada vez mais incontornável Nyege Nyege (Uganda/Holanda) vem De Schuurman, o produtor que se tornou a bandeira da eletrónica afrodescendente na Holanda e o igualmente visionário DJ Diaki – ou Diaki Kone.

Nas madrugadas, o MUPA acolhe também os DJ sets de Melgueira, um dos criadores da label de eletrónica Alienação e de Viegas, fundador do coletivo ARVI+ e co-conspirador de longa data do underground eletrónico queer de Lisboa.

Do Reino Unido juntam-se Rian Treanor, o produtor de eletrónica experimental e Aya, anteriormente conhecida como LOFT. Também Manuel João Vieira da banda de culto Ena Pá 2000, se apresenta em formato trio; o fadista Fernando Jorge junta-se a Ivan Cardoso e Sandro Costa; e em representação do cante alentejano, o Grupo Coral Papa Borregos de Alvito.

 

Ao rol de produtores e DJs encarregues de fechar as noites, juntam-se DJ Firmeza, um nome-maior da editora Príncipe Discos e Tiago, lisboeta e residente do Lux Frágil. Os residentes de Beja DJ Stá e Hang the DJ também se juntam às madrugadas e ao cartaz do festival.

 

A residência artística deste ano ficou nas mãos de Tellurian, um projeto de Carincur com João Pedro Fonseca (Zabra) e o Coro do Carmo de Beja. Durante cinco dias, o corpo e a voz tornaram-se num ponto de partida para um diálogo entre as correntes tradicionais mais ligadas à matéria orgânica e as correntes contemporâneas ligadas ao digital. O resultado será apresentado a 23 de junho, no Salão da Santa Casa da Misericórdia.

 

Na quarta-feira (22 de junho) são inauguradas as exposições de Vilas e Cláudia Sofia n’A Pracinha, seguidas do documentário “Batida de Lisboa”, de Rita Maia e Vasco Viana. A entrada é gratuita. Na sexta-feira, Halima, coreógrafa da artista Lapili, promove a aula de dança “Dancehallyourself”. No sábado, em parceria com a CVLTO, acontecem as conversas “África – Musicalidade, herança e língua em diferentes gerações de músicos” com África Negra e Ghoya, “Papéis de género, sexualidade e desconstrução – limitações e liberdades no mundo da música atual” com Gadutra e Lapili; no domingo o workshop “Português Ritmado – Trajetos melódicos de um idioma” e a conversa “Nova escola – identidade geracional e o sul português como berço de produção musical e cultural”, com Cookie Jane, DJ Stá e Neusa Pedro, do Núcleo de Estudantes Africanos de Beja.

 

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