Mosteiro de São Bento da Vitória é a última “paragem” do ciclo dedicado a Mark O’Rowe

Howie Lee e Rookie Lee estão de regresso na encenação de João Cardoso depois do sucesso de apresentações anteriores. Sarna é o terceiro espetáculo de Mark O’Rowe exibido nos espaços do Teatro Nacional São João (TNSJ) nos últimos quinze dias, num ciclo que contou com a estreia de Os Nossos Dias Poucos e Desalmados – produção própria da instituição em cena até 30 de novembro – e a apresentação de Made In China. A peça – traduzida por Francisco Luís Parreira – é uma criação da ASSéDIO interpretada por Pedro Frias e sobe ao palco do Mosteiro de São Bento da Vitória, de segunda a quarta-feira (2-4 dezembro).

 

O título Sarna refere o núcleo metafórico da peça, aquela que revelou O’Rowe, e sugere um contágio que se propaga pelas suas personagens e que as reúne sob um efeito de irmandade ou família. Os monólogos do espetáculo oferecem dois pontos de vista de uma mesma história, trágica e comovente, fora de qualquer convenção. Em Sarna, somos testemunhas, confidentes e depositários das memórias da “Lee-nidade”, sendo que o exercício muscular da linguagem é posto a nu pelo virtuosismo de um só ator num espaço minimal.

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