“Mosquito” de João Nuno Pinto vence dois prémios na Mostra de Valência

A Mostra de Valencia – Cinema del Mediterrani acaba de anunciar o palmarés, e “Mosquito“, produção da Leopardo Filmes, em co-produção com a Alfama Films Production (França), a APM Produções (Portugal), a Delicatessen Films (Brasil) e a Mapiko Filmes (Moçambique), realizado por João Nuno Pinto, arrecada dois prémios: Melhor Fotografia, para o director de fotografia, Adolpho Veloso, e  Melhor Banda Sonora, para o músico Justin Melland.

 

A 35ª Mostra de Valencia soma-se, assim, ao já extenso percurso internacional de “Mosquito“, iniciado em Janeiro deste ano, ao ser escolhido como o Filme de Abertura da 49ª edição do IFFR – International FIlm Festival Rotterdam, onde integrou também a Selecção Oficial – Big Screen Competition. Desde essa data, “Mosquito” já foi seleccionado para cerca de duas dezenas de festivais (na Europa, Ásia e América do Sul), estreou em Portugal e em França (com grandes elogios críticos), e tem também assegurada distribuição no Brasil, entre outros países. Foi recentemente nomeado com o candidato português aos Prémios Goya.

Mosquito” centra-se na jornada do soldado Zacarias, um jovem português sedento por viver grandes aventuras heróicas durante a Primeira Guerra Mundial. Enviado para Moçambique, onde o conflito se desenrola longe dos olhares do mundo, o soldado vê-se deixado para trás pelo seu pelotão e parte numa longa odisseia mato adentro, à procura da guerra e dos seus sonhos de glória.

 

“Mosquito vai buscar uma história do passado para nos confrontar com as escolhas do presente. Através da história do jovem soldado Zacarias, somos confrontados com o horror da guerra e a subjugação dos povos africanos pelos europeus através do domínio colonial. O filme permite-nos conhecer um pouco melhor um pedaço esquecido da nossa história, a Primeira Grande Guerra em África, obrigando-nos a reflectir sobre um período muito maior que foi o nosso direito em subjugar e “civilizar” outros povos que, convenientemente, considerávamos inferiores.” João Nuno Pinto, realizador

 

 

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