MEO Marés Vivas… Bryan Adams em formato Jukebox

Era um dos nomes mais esperados desta primeira noite do MEO Marés Vivas. Os fãs aguardavam desde as 4 da tarde o regresso a Portugal do canadiano.
Bryan Adams move multidões, arrasta fãs de todo o pais e até de Espanha como confirmamos nas nossas pequenas entrevistas ao final da tarde.

As expectativas eram grandes, neste que era – apenas – o 3º concerto do músico em Portugal neste ano de 2022.
A pontualidade canadiana difere da britânica, mas ao fim de um atraso de 7 minutos fomos brindados, ou não, com um vídeo que teve a duração de 12 minutos, onde a acção se passa junto a um automóvel estacionado, e que terminou com o Bryan Adams a sair do mesmo e a “saltar” para uma apresentação, onde as semelhanças com o genérico de Star Wars eram claramente evidentes. Já agora, em vez de Inglês e Espanhol poderia ter sido feito um esforço para ser em Inglês e Português, pois era a terceira vez que a apresentação e o vídeo eram apresentados no nosso país. Sim os concertos em janeiro tiveram a mesma apresentação.

Finalmente Bryan Adams entra em palco, numa clara postura de conquistar o público com as canções que marcaram a carreira do canadiano ao longo dos últimos 40 anos. Se no início aposta nas canções do seu último disco, rapidamente à terceira canção soam os acordes de “Summer of ‘69”. Daí para a frente seria o abrir de uma autêntica juke box a debitar sucesso atrás de sucesso, e onde o público o acompanhava em plenos pulmões.
Recupera a ‘piada’ usada já nos concertos em Janeiro, quando chega ao tema “It’s only love”, fazendo crer que Tina Turner vai entrar em palco, algo que acaba por não acontecer. Ao longo de quase duas horas, e com dois encores, Bryan Adams reavivou a infância e a adolescência de grande parte dos adultos que esgotaram o primeiro dia do MEO Marés Vivas, mas também despontou o apoio dos mais jovens, que conheciam os temas que ia desfilando em palco.

Nota negativa neste concerto para o próprio Bryan Adams que não soube adaptar-se a 2022. Lidando literalmente com um problema de imagem e divulgação da mesma, apenas permitiu a recolha de imagens da reggie do recinto, sem close-ups e do lado esquerdo, durante e apenas a primeira música.
Recolha de imagens feitas, o próprio teve que aprovar as mesmas (ou seja teve que ter acesso às mesmas antes da publicação)
Numa época em que o público filma, fotografa e partilha boas e más fotografias nas redes sociais, o músico preocupa-se com a imagem e com a qualidade de fotógrafos profissionais e o que pode acompanhar a reportagem do concerto.


Fotografias: Sergio Pereira

Reportagem: Paulo Homem de Melo

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