Memórias e memórias em palco com os New Order

16 Agosto, 2019

Falar dos New Order é falar da música que surgiu em Manchester em finais dos anos 70. A aventura teve inicio em 1977 aquando da formação dos Joy Division. Ian Curtis, Peter Hook, Stephen Morris e Bernard Sumner definem um caminho único da música que viria tornar a cidade de Manchester como ponto de referência da música britânica.
Conflitos, discussões e a morte de Ian Curtis viriam a mudar o ritmo da banda. Mais isso é passado e o que interessa dissecar foi o que passou neste segunda noite em Paredes de Coura.
Um concerto dos New Order desperta sinergias entre os fãs dos dois lados da barreira, os eternamente agarrados às angustias de Ian Curtis, e os que do outro lado sempre viram uma alcance muito maior nas interpretações de Bernard Sumner.
Com inteligência e astucia em palco, Bernard Sumner (a voz inconfundível do grupo), Stephen Morris, Gillian Gilbert, Phil Cunningham e Tom Chapman apresentaram no Vodafone Paredes de Coura o melhor de dois mundos. Por um lado um retrospectiva de clássicos da banda, por outro lado repescaram 4 temas que fazem parte da memória colectiva dos fãs do malogrado Ian Curtis, “She’s Lost Control”, “Transmission”, “Atmosphere” e “Love Will Tear Us Apart”, os últimos dois temas no encore do concerto.

Para quem perdeu o concerto, memorável diga-se de passagem, quer pela grandeza e da história da banda, quer pela oportunidade quase única de ver em palco a formação clássica da banda de Manchester, pode encontrar praticamente o mesmo alinhamento no disco de 2017 “NOMC15” que curiosamente inclui a faixa “Das Rheingold – Vorspiel”, tema que serviu de intro no concerto desta noite.

Paredes de Coura é um local de memórias, e o concerto de hoje vai certamente perdurar nas memórias de todos os quantos vivenciaram o mesmo.