Já há data para a segunda residência de criação do novo disco dos Black Bombaim. A ter lugar entre os dias 22 e 24 de Fevereiro, a segunda toma do projecto junta o trio nortenho ao universo electrónico de Luís Fernandes, músico associado a coletivos como Peixe : Avião, Quest, La La La Ressonance ou Harmonies. O encontro volta a questionar e desafiar o espaço sonoro conquistado pela banda que, aqui se desprende da composição, entregando-a a um novo produtor com linguagens e espaços musicais diferentes.
Sobre o desafio lançado pelos Black Bombaim, Luís Fernandes esclarece que: “a ideia subjacente ao trabalho passa por transportar o som dos Black Bombaim, literalmente, para um domínio auto-referencial no qual este é usado como matéria-prima para esculpir uma nova música. Uma meta-música inspirada nas metodologias e técnicas da música eletroacústica.” “O principal desafio”, acrescenta “será fazê-lo mantendo presente a identidade da banda, criando pontes para todos os elementos sonoros e musicais que, a meu ver, a tornam tão especial e interessante.”
À semelhança do que aconteceu com o primeiro episódio, a residência culminará com uma apresentação pública do trabalho, em formato ensaio aberto, a 24 de Fevereiro no Palácio dos Correios. A entrada será livre e limitada a 80 pessoas. A residência artística dá continuidade ao trabalho inciado com o produtor Pedro Augusto (Ghuna X) em Dezembro de 2017 e terá como ponto final o encontro com Jonathan Saldanha (HHY & The Macumbas), marcado para Abril deste ano. No final do processo, os Black Bombaim, sob a alçada da Lovers & Lollypops, editarão um disco, composto pelos resultados destes três encontros, estando ainda previsto lançamento de um documentário que relatará todo o processo, com realização de Miguel Filgueiras e argumento de Manuel Neto.
O projecto conta com o financiamento do Criatório, uma iniciativa da Câmara Municipal do Porto destinada ao apoio à criação artística contemporânea.