José Valente estreia disco “Serpente Infinita” ao vivo…

No próximo dia 27 de Setembro, José Valente irá estrear a sua nova obra e respectivo disco “Serpente Infinita” no ciclo de Concertos a Solo – Solilóquios (Rua das Carmelitas nº100, 3º Esq).

José Valente continua a percorrer um trilho musical desassossegado, mapeado pela constante descoberta de novas possibilidades para o seu instrumento, a viola d’arco, desta vez com “Serpente Infinita”, uma peça concebida a convite do Centro de Músicas e Danças do Mundo Ibérico – Musibéria, durante uma residência artística nesta instituição. O premiado violetista revela agora a segunda etapa de uma inquietação inaugurada em 2015 com “Os Pássaros estão estragados”, o seu primeiro disco a solo, considerado um dos discos do ano pelo crítico Rui Eduardo Paes na revista Jazz.pt.

 

Depois de uma década fora do país onde trabalhou com vários músicos de renome como Dave Douglas, Paquito d’Rivera (que o convidou a ser solista no célebre Carnegie Hall), ou Don Byron; o músico portuense continuou a explorar a combinação de vocabulários e de disciplinas artísticas em projetos internacionais e nacionais e, mais especificamente, no seu Doutoramento em Arte Contemporânea que terminou com distinção e por unanimidade no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

O ciclo de concertos Solilóquios é provavelmente o certame de música a solo que mais tem surpreendido a cidade do Porto com uma programação única e exemplar, tornando-se rapidamente numa referência no país. Pelo palco deste ciclo passaram músicos aclamados da música improvisada e erudita como: Peter Evans, Barry Guy, Mark Dresser, Fátima Miranda, Anthony Braxton (que celebrou o seu aniversário com um concerto nesta importante sala), entre muitos outros.

Serpente Infinita” representa musicalmente uma circunstância emocional assustada pelo sufoco que é o abrangente ramerrão do dia-a-dia. O quotidiano é apresentado metaforicamente como o pesadelo e, ao mesmo tempo, o estupefaciente que alivia a humanidade, o espectador e o músico, de um sono irrequieto e tenebroso.

Assim, José Valente propõe-nos uma peça por um lado obscura, por outro lado enérgica e virtuosa, carregada de nuances musicais cuidadosas, detalhadas e imprevisíveis.

 

Um concerto com produção da Associação Interferência e com o apoio da FabLab Porto.

 

 

 

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