Joana Gama & Luís Fernandes reencontram-se com “There’s no knowing” em Guimarães

Janeiro é sempre um mês de começos, recomeços, encontros e reencontros. E abrir os olhos e despertar os ouvidos para receber o encantamento que a música (nos) traz à vida é uma das melhores formas de iniciarmos um ano e nos reencontramos e relacionarmos com a arte…

 

Logo após a estreia na Culturgest, Joana Gama e Luís Fernandes rumam ao CCVF para apresentar em Guimarães o seu mais recente trabalho. Desde “Quest” (2014), que Joana Gama e Luís Fernandes mantêm um diálogo contínuo, que aceita ruturas constantes e explorações sonoras novas na sua música. A continuidade existe na harmonia do seu trabalho, o encontro das linguagens de ambos, uma comunicação permanente que respeita os ritmos de ambos e que sabe responder a desafios, como aconteceu com “Harmonies” (2016) em que trabalharam a herança de Satie com Ricardo Jacinto, “At The Still Point Of The Turning World” (2018) onde a dupla criou e se apresentou em conjunto com a Orquestra de Guimarães – ou “Textures & Lines” (2020) que cocriaram com o Drumming GP.

 

O novo projeto colaborativo do duo, “There’s no knowing”, abre com o piano de Joana Gama ao qual a eletrónica de Luís Fernandes se vai juntando. Esta parceria, que continua a surpreender-nos tanto através da identidade única como a nível sonoro e estético, apresenta em palco o resultado de um desafio originalmente lançado por Nuno M. Cardoso, diretor artístico da série televisiva “Cassandra” (RTP 2). Apresentando em palco uma derivação do trabalho de composição, numa abordagem pensada para o contexto de concerto e edição fonográfica, esta peça cresce numa espécie de sussurro entre os dois e desenvolve-se num progressivo jogo de proximidade. À medida que se avança nesta aventura pulsante chamada “There’s no knowing”, há uma maior interligação entre os elementos e a consumação do que Joana e Luís fazem em conjunto: puxar o melhor de cada um deles.

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