“Homem Bicho – Transformação Ciclópica” de Agostinho Santos

A Casa-Museu Teixeira Lopes – Galerias Diogo de Macedo, em Vila Nova de Gaia, recebe a partir desta sexta-feira (13 de Setembro) e até 17 de Novembro a exposição “Homem Bicho – Transformação Ciclópica”, uma mostra individual da autoria de Agostinho Santos que materializa em mais de 60 obras de concepção recente um processo insistente de trabalho que o autor define como ferramentas para questionar, inquietar e alertar.

Com curadoria do artista plástico Albuquerque Mendes, responsável pela selecção dos trabalhos e montagem da exposição, “Homem Bicho – Transformação Ciclópica” é um conjunto de obras de pintura, desenho, escultura e objetos em papel, tela, cartão, ferro ou bronze, que exprimem aquilo que Agostinho Santos define como “questionamento, que inquieta e que é inquietante. As obras, muitas delas construídas através da metamorfose, da junção entre o homem e o bicho, evidenciam muitas vezes a monstruosidade humana, que se confunde com o animalesco”.

 

Para Albuquerque Mendes, a exposição resulta do acto de “pegar no trabalho de Agostinho Santos e transformar esse vector numa forma de dar sequência aos objectos e humanizá-los. Trata-se de uma humanização do bicho e do lixo para analisar a transformação do próprio Homem. Não se sabe onde começa a transformação do homem em bicho e vice-versa, pois esta mostra chama-nos a olhar para a transição das coisas, para o limbo da percepção, para o espaço e para o que vai para além da imaginação. Os alvos a abater em sociedades que são implacáveis para quem está em zonas cinzentas. O Homem Bicho desafia a pensar onde tudo começa”, refere.

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