“Go Home” é a apresentação de “The Plastic People of the Universe” dos Grand Sun

Após lançarem um single pela Xita Records (Apolo, 2016) partilham palcos e copos com os amigos novos e os de sempre. É no festival Indieota que decidem começar a compor o seu primeiro registo.

Já em 2017, no interlúdio dos concertos e ensaios, mostram-se no programa E2 (RTP2) em processo de composição do disco “The Plastic People of the Universe”, captado e produzido no Blacksheep Studios pelo Guilherme Gonçalves e pelo Bruno Plattier. E deste disco saem malhas que nos falam de personagens peculiares. Todos somos retratados, de certa forma. É um reflexo, claro, não só desses meses anteriores, mas também dessas amizades, dos desamores, da contemplação, dos concertos que partilhámos e da consequente boémia.

O mantra colorido da “Flowers” a meio do disco une o seu inicio – “Go Home” e “Little Mouse” são swings de fita magnética – e o seu final – “The Clown” e “Round and Round” são passeios por esse mesmo jardim contemplativo, onde nada mais interessa senão observar e cantar o que os rodeia.

 

Em fase de criação de Grand Sun, a “Go Home” surge de um improviso instrumental de estúdio. O mote “I Just Wanna Go Home” num conjunto profuso de vozes e ecos a-la Beach Boys meets Phil Spector, é repetido vezes sem conta até perceberem que não querem realmente sair dali. Apenas uma estória sobre alguém que vive a correr em direção ao desconhecido. Quando chegam ao Blacksheep Studios para a gravar,  percebem que com um coro de amigos a bater palmas e a cantar em plenos pulmões que não há outro caminho. Por todas estas razões, esta é a primeira música de apresentação de “The Plastic People of the Universe”.
O video realizado por Tomás Barão da Cunha (Waves of Youth) é gravado no Vimeiro, em Torres Vedras, onde toda a envolvente natural acaba por  contribuir para o surgimento destas quatro personagens e respectivos alter egos, que interagem entre si e connosco. Rapidamente se torna numa personal-favourite de quem, já no final dos concertos, a canta de pulmões cheios quer seja por querer fugir de tudo, por querer ficar no mesmo sítio a contemplar-se ou meramente por ser uma feliz canção.

 

Dois anos volvidos e depois de uma temporada dividida entre a constante viagem e as atuações na Galeria Zé dos Bois, Music Box, Sabotage ou Lx Factory, os Grand Sun preparam-se para lançar este primeiro disco, reflexo de tudo que o que se passou entretanto.

 

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