Em junho, a Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II recebe 2 espetáculos internacionais, de nomes incontornáveis da cena teatral europeia. O alemão Frank Castrorf apresenta Bajazet, considerando O Teatro e a Peste, a 9 e 10 de junho, e logo de seguida o ator e encenador francês Antoine Defoort apresenta a sua mais recente criação, Achas para a fogueira, a 17 e 18 de junho.
Em Bajazet, protagonizado pela atriz francesa Jeanne Balibar, Castorf traz à tona o que Racine e Artaud têm em comum: a palavra falada. Bajazet passa-se entre as quatro paredes do Serralho de Constantinopla, na ausência do sultão. Para cada personagem, o verdadeiro amor entra em conflito com as ambições políticas, transformando em sinónimo de morte a vivência plena das paixões. A tragédia expõe o espírito falível do humano e a impossibilidade da existência de sentimentos puros.
A 17 e 18 de junho, será a vez de Achas para a fogueira subir ao palco. Neste espetáculo de Antoine Defoort, dois amigos encontram-se na floresta. Michel, sentado num tronco, ouve Taylor contar a história de tudo o que lhe aconteceu nos dois anos anteriores. Nesses anos, Taylor fundou um partido, a Plataforma de Contexto e Modalidade, que rapidamente adquiriu uma popularidade tão meteórica quanto inesperada, que o impulsionou para os portões do poder. A sua história será contada através de um pequeno dispositivo que permite projetar memórias à sua frente, chamado “mnemoprojetor”. O que vai acontecer, então? Conseguirão os dois amigos permanecer fiéis aos seus ideais?
Um espetáculo com texto e encenação de Antoine Defoort, Achas para a fogueira conta com interpretação do próprio e de Alexandre Le Nours, Arnaud Boulogne e Sofia Teillet.
Ambos os espetáculos são falados em francês, com legendas em português.
