Foi assim o Segundo Dia do North Festival 2023

Quando cheguei ao recinto da Alfândega, sábado, dia 27 de maio, este já se encontrava muito bem composto. Achei estranho todo o colorido de chapéus à cowboy, botas texanas, e maquilhagem em pedrinhas de diversas cores. Muita cor, que o sol aberto, ainda destacava mais.

O primeiro concerto foi o de Nininho, os temas interpretamos, do seu álbum “Raízes”, foram todas bem acolhidas pelo público. Destaco o concerto do Nininho, na íntegra, tem uma forma de interagir com a plateia que cativa, passa uma mensagem de união, a valorização da família são muito fortes.

Os temas “Bailando”, “Cola-te a Mim”, e “Gosto de Ti” foram entoados a plenos pulmões pela assistência. Grande concerto, com um sol espetacular, a abrilhantar ainda mais este grande intérprete, com uma voz poderosa, que deslumbra.

Depois do Nininho, segue-se o “pack” brasileiro.

Entra em palco Ana Castela, que apenas sabia ser brasileira.

A loucura tomou conta da maioria da assistência, e eu percebi, então, o porquê dos chapéus à cowboy, as texanas, e os “brilhantes”. Não conhecia a cantora, e não fiz qualquer tipo de pesquisa, antes do Festival, Não se trata de preguiça, gosto de ser surpreendida, independentemente de ser pela negativa, ou vice-versa.

Ana Castela, tem muita cor em palco, fitas coloridas, confetes coloridos, chamas de fogo, muita dança, e um público que sabe a letra das canções, a coreografia de fio a pavio. Senti-me deslocada, ignorante, uma vez que devia ser a única a não conhecer as canções, e a própria artista.

O primeiro concerto, do “pack” brasileiro, foi interessante.

Seguiu-se o terceiro concerto da tarde/noite, que tive de assistir, como muitas outras pessoas, numa zona mais abrigada da Alfândega, pois chovia bastante.

O artista, também brasileiro, Gustavo Mioto, que também não conhecia, apenas ouvi alguém comentar que era muito famoso no Brasil. Como não assisti a sua performance em palco, não me posso pronunciar, mas muito público não deixou de estar à chuva para o ver e ouvir.

O último concerto da noite, a aniversariante, Ivete Sangalo, que a cidade do Porto resolveu oferecer o término da chuva, para podermos assistir ao seu concerto nas melhores condições.

Uma forma física invejável, não parava nem um minuto, fez quilómetros no palco. O público fez questão de cantar os parabéns, e a cantora agradeceu, não se cansou de enaltecer a beleza da cidade do Porto, e o carinho da população.

Destaco a presença da filha Marina, que foi ter com a mãe diversas vezes, cantou, dançou, já se antevê uma grande comunicadora.

Destaco, por uma questão de gosto pessoal, os temas mais calmos, como “Se Eu Não Te Amasse”, “Quando A Chuva Passar”, e dentro dos mais mexidos, “Sorte Grande” e “Arerê”.

Foi uma noite, essencialmente brasileira, mas no conjunto o meu destaque vai sem dúvida para Nininho, pela imponente presença em palco, pela forma mais discreta de se apresentar, o à vontade em palco, todos o tiveram, que até se descansou e fez grande parte do concerto descalço. A voz, a forma como abordou o público.

Este domingo há mais, o fecho, com o “pack” português, e com Robbie Williams.

 

🖋 Ana Cristina

📸 Sérgio Pereira

 

 

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