Aveiro está no centro do Mundo com a 8ª edição do Festival Sons em Trânsito. O evento está de regresso ao Teatro Aveirense para celebrar a tolerância, respeito e multiculturalidade, com artistas representantes de 11 países, 4 continentes e 4 religiões.
Durante a tertúlia que decorreu ontem, moderada por João Gobern, falou-se da canção e a sua importância na revolução, num momento de instabilidade e intolerância atravessado pelo mundo inteiro. A liberdade de expressão tem sido comprometida ao longo da história, mas a arte e a canção conseguem sempre encontrar o seu lugar junto das pessoas. Luaty Beirão afirmou na conferência: “Se a gente imagina golpes militares, as pessoas mais duras, é praticamente impossível que elas não tenham sido moldadas por músicas. Acho impossível que haja um despertar de consciência colectiva sem que haja uma música por trás”. Pedro Abrunhosa reforçou a importância da canção: “A música tem estado sempre ao lado das grandes mudanças na história. (…) As revoluções competem aos cidadãos através da não passividade, e a não passividade significa a ausência de silêncio.”
Após a tertúlia de ontem, com Luaty Beirão e Pedro Abrunhosa, sob o tema “Pode uma canção fazer uma revolução?”, seguem-se quatro noites de concertos, com referências globais da música do mundo. Dia 22 de Novembro chega a Aveiro, da Mongólia, o trio Egschiglen, e do Mali, Vieux Farka Touré acompanhado por Idan Raichel, de Israel, com o projecto The Touré-Raichel Collective; a 23 de Novembro a programação é composta por Roberto Fonseca, brilhante pianista cubano que fez digressões mundiais com Orquesta Buena Vista Social Club, e Vinicio Capossela, mítico cantautor e poeta italiano, que nos apresenta o novo álbum; Dia 24 de Novembro, Júlio Resendeinterpreta “Amália por Júlio Resende”, seguindo-se Jorge Drexler, o multi-galardoado (Óscar, Latin Grammy, Goya) artista urugaio, terminando com um set de Colorau Som Sistema; A noite de 25 de Novembro começa com o projecto brasileiro embaixador do funzy, Liniker & os Caramelows. Mulatu Astatke, conhecido como o pai do Ethio-Jazz, da Etiópia, actua também nessa noite, estando a cargo de Ohxalá o encerramento do festival.
22 Novembro 2017
21h30 | Egschiglen
23h00 | The Touré-Raichel Collective
23 Novembro 2017
21h30 | Roberto Fonseca
23h00 | Vinicio Capossela
24 Novembro 2017
21h30 | Júlio Resende
23h00 | Jorge Drexler
00h30 | Sessão de Contos por Quico Cadaval
01h00 | Colorau Som Sistema
25 Novembro 2017
11h00 | Sessão de Contos Infantis por Ivo Prata
21h30 | Liniker & Os Caramelows
23h00 | Mulatu Astatke
00h15 | Sessão de Contos por Quico Cadaval
00h45 | Ohxalá