Festa do Cinema Italiano prestes a começar…

A Festa do Cinema Italiano começa oficialmente no dia 4 de abril, mas esta segunda, 2 de abril, tem já início a retrospetiva de Marco Ferreri na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, com a exibição de La grande abbuffata (A Grande Farra), às 21:30. Repete na quinta, dia 5 de abril, às 18:30.

Também esta segunda, às 18:30, é inagurada, na FNAC Chiado, a exposição Il postino, Salina – A Metáfora da Poesia, com esboços do guarda-roupa do filme Il postino (O Carteiro de Pablo Neruda), da autoria de Lorenzo Baraldi e Gianna Gissi, respetivamente, diretor de arte e figurinista, do filme, que estarão presentes na inauguração. A exposição pode ser vista também, no Cinema São Jorge, a partir de 4 de abril, onde permanece até ao final do festival.

Depois da FNAC Chiado, estará em itenerância pelas lojas FNAC portuguesas.

 

Este ano, a Festa do Cinema Italiano conta com a presença de:

Marco Tullio Giordana, a propósito dos filmes La meglio gioventù (A Melhor Juventude) e o seu último filme, Nome di donna;

Angelo Milano, realizador e fundador do festival de street art, FAME, a propósito do documentário com o mesmo nome;

Fabrizio Gifuni, premiado ator, por diversos papéis, nomeadamente, Capital Humano. Vem a Lisboa apresentar Dove non ho mai abitato, de Paolo Franchi.

Valeria Solarino, atriz também premiada por diversas vezes, que vem apresentar A casa tutti bene (Cá Por Casa Tudo Bem), de Gabriele Muccino e a trilogia Smetto quando voglio, de Sidney Sibilia (ambos antestreias portuguesas).

Giorgio Ferrero, Federico Biasin, realizadores de Beautiful Things, que lhes valeu o prémio de melhor filme do júri ARCA do festival de Veneza e, mais recentemente, o Prémio NEXT:WAVE, no festival CPH:DOX.

Emiliano Morreale, escritor, jornalista, crítico de cinema, investigador, professor e grande conhecedor da obra de Marco Ferreri, vem a Lisboa a propósito desta retrospetiva.

Gianna Gissi, figurinista do guarda-roupa de O Carteiro de Pablo Neruda.

Lorenzo Baraldi, diretor de arte de O Carteiro de Pablo Neruda.

 

Marco Tullio Giordana

Realizador

Em Lisboa: de sexta, 6 de abril (à tarde) a domingo, 8 de abril (à noite)

Apresenta as sessões:

La meglio gioventù, 7 de abril (sábado), 15h00, UCI El Corte Inglés

La meglio gioventù, 8 de abril (domingo), 15h00, UCI El Corte Inglés

Nome di donna, 8 de abril (domingo), 21h30, Cinema São Jorge (MdO)

 

Depois de experiências políticas intensas durante os anos 70, Marco Tullio Giordana estreou-se com no cinema com a longa-metragem Maledetti, vi amerò (1980), apresentada no Festival de Cannes e premiada em Locarno: um retrato da geração de ‘68, a meio caminho entre o terrorismo e decepção, bem sucedida e carregada. Ao longo da sua carreira, continuou a abordar, nos seus filmes, essas temáticas. Em 2003, com A Melhor Juventude (La meglio gioventu), venceu a secção Un Certain Regard do Festival de Cannes. O seu último filme Nome di donna, é um retrato sóbrio sobre a batalha emocionante e apaixonada pelo direito de ser mulher e marca o regresso do cineasta à Festa do Cinema Italiano.

 

Angelo Milano

Realizador e fundador do festival FAME

Em Lisboa: De 6 de abril (tarde) até 8 de abril (noite)

Apresenta a sessão:

Fame, de Angelo Milano e Giacomo Abbruzzese, 7 de abril (sábado), 16h00, Cinema São Jorge

 

Angelo Milano cresceu em Grottaglie, na Apúlia. Depois de terminar os estudos universitários em Bolonha, regressou à cidade. Em vez de viajar pelo mundo, decidiu levar o mundo até a casa. Foi assim que nasceu FAME, um festival de street art que rapidamente se tornou um evento de grande ressonância internacional, transformando a pequena aldeia de Grottaglie na capital italiana da arte urbana. O festival aconteceu durante cinco anos, entre 2008 e 2012, e recebeu artistas de todo o mundo como Blu, Conor Harrington, Erica il Cane, Os Gemeos, Escif e Vhils.

 

Fabrizio Gifuni

Ator

Em Lisboa: 9 (segunda) e 10 de abril (terça)

Apresenta a sessão:

Dove non ho mai abitato, de Paolo Franchi, 9 de abril (segunda), 21h30, UCI El Corte Inglés

 

Fabrizio Gifuni é ator e escritor e o seu percurso inclui teatro, cinema e televisão. É conhecido por Capital Humano (2013), Romanzo di una strage (2012) e Hannibal (2001). Estreou-se no cinema em 1996, em La bruttina stagionata. Dois anos depois, fez parte de Così ridevano, de Gianni Amelio. Diversas vezes nomeado e premiado pelas suas atuações, ganhou, entre muitos outros, dois David di Donatello: melhor ator em Un amore e melhor ator secundário em Capital Humano, que encerrou a Festa do Cinema Italiano, em 2014.

 

Valeria Solarino

Atriz

Em Lisboa: 9 (segunda) e 10 de abril (terça)

Apresenta as sessões:

A casa tutti bene (Cá Por Casa Tudo Bem), de Gabriele Muccino, 9 de abril (segunda), 21h30, Cinema São Jorge

Smetto quando voglio, de Sidney Sibilia, 10 de abril (terça), 21h30, UCI El Corte Inglés

 

Filha de pais italianos, Valeria Solarino nasceu na Venezuela (1978). Ao mesmo tempo que estudava na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Turim, começou a carreira de atriz na escola de teatro Stabile di Torino, com 20 anos. Em 2003, inicia-se no cinema e é escolhida pelo realizador Mimmo Calopresti para o filme La felicità no costa niente. Em 2007, protagoniza Valzer, de Salvatore Maira, apresentado no Festival de Veneza, onde recebeu o Prémio de Melhor Atriz. Em 2010, protagonizou Vallanzasca – Gli angeli del male, de Michele Placido e Italians, de Giovanni Veronesi. A partir de 2014, integra o elenco da trilogia Smetto quando voglio, de Sidney Sibilia. Em 2016, iniciou uma tour teatral de Una giornata particolare, obra-prima cinematrográfica de Ettore Scola, prolongada por três temporadas, com mais de 170 datas, devido ao seu grande sucesso. O seu mais recente filme é A casa tutti bene (Cá Por Casa Tudo Bem), de Gabriele Muccino.

 

Giorgio Ferrero, Federico Biasin

Realizadores

Em Lisboa: 9 (segunda) à tarde e 10 de abril (terça)

Apresentam a sessão:

Beautiful Things, 9 de abril (segunda), 22h00, Cinema São Jorge

 

Biasin é produtor e cineasta e Ferrero é compositor, realizador e fotógrafo. Com Beautiful Things venceram o prémio de melhor filme do júri ARCA do festival de Veneza e, mais recentemente o prémio NEXT:WAVE no festival CPH:DOX. Juntamente com Rodolfo Mongitore, dirigem o estúdio MYBOSSWAS, onde são diretores criativos. Apresentaram instalações de arte visual e sonora em locais como a Bienal de Bordéus, Museu MAXXI, experimentadesign Lisboa, Palácio Madama em Turim, Museu de Arte Oriental de Turim e Museo del Tessuto em Prato. Giorgio compôs também bandas sonoras para autores como Paolo Giordano, Daniel Gaglianone, Gianluca e Massimiliano De Serio, Stephen Fingleton e Marzia Migliora.

 

Emiliano Morreale

Escritor, jornalista, crítico de cinema, investigador e professor

Em Lisboa: 7 de abril (sábado)

Apresenta a sessão:

La donna Scimmia, de Marco Ferreri, 7 de abril (sábado), 21h30, Cinemateca Portuguesa

 

Emiliano Morreale, formado pela universidade Normale di Pisa, é professor na Universidade La Sapienza di Roma. Crítico de cinema do jornal la Repubblica, colabora também regularmente com Cahiers du cinéma e Gli Asini. Fez parte dos comités de seleção dos festivais de Turim e de Veneza e foi conservador da Cineteca Nazionale. Escreveu livros como: Mario Soldati (2006), L’invenzione della nostalgia. Il vintage nel cinema italiano e dintorni (2009), Cinema d’autore anni sessanta (2011), Così piangevano. Il cinema mélo nell’Italia degli anni ’50 (2011).

 

Gianna Gissi

Figurinista

Em Lisboa: de 26 de março a 15 de abril, a propósito da exposição Il postino, Salina – a Metáfora da Poesia

 

 

 

 

Depois de ser assistente de Dario Cecchi, Gianna Gissi começou a trabalhar como figurinista para importantes telenovelas no final dos anos 60. A partir de 1979, colaborou com os melhores realizadores italianos como Gianni Amelio, Roberto Benigni, Riccardo Milani, Michael Radford, Maurizio Nichetti, Carlo Mazzacurati, Peter del Monte, Carlo Verdone e muitos outros. Com Mario Monicelli assinou seis filmes, entre os quais Il Marchese del Grillo e Amici Miei atto segundo. Venceu vários prémios, incluindo  o David di Donatello e o Time for Pace Award.

 

Lorenzo Baraldi

Diretor de arte

Em Lisboa: de 26 de março a 15 de abril, a propósito da exposição Il postino, Salina – a Metáfora da Poesia

 

Baraldi iniciou, em 1966, a sua atividade como ilustrador, cenógrafo, assistente na direção e decorador em 26 filmes. Em 1972, assinou o seu primeiro filme como cenógrafo e designer. Trabalhou com os mais importantes realizadores como Alberto Sordi, Dino Risi, Maurizio Nichetti, Paolo e Vittorio Taviani, Michele Placido, Pupi Avati, Paolo Virzì, Carlo Vanzina, Alberto Lattuada. Teve, também, uma longa colaboração com Mario Monicelli, com o qual trabalhou em 16 filmes, nomeadamente, Vogliamo i Colonnelli, Amici miei e Il Marchese de Grillo.

 

Em Lisboa, a Festa do Cinema Italiano realiza-se de 4 a 12 de abril, no Cinema São Jorge, no UCI El Corte Inglés e na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema e é organizada pela Associação Il Sorpasso, com o apoio da Embaixada de Itália, do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, da Câmara Municipal de Lisboa e com parceria estratégica da EGEAC.

A programação completa e os horários das sessões da retrospectiva podem ser consultados aqui: https://www.festadocinemaitaliano.com/filme/178.

 

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