O Centro Cultural Vila Flor aprsenta dois grandes motivos para o regresso às salas de espetáculos. No dia 21 de setembro, Nuno Cardoso traz ao Grande Auditório Francisca Abreu a peça “As Bruxas de Salém”, do dramaturgo norte-americano Arthur Miller, uma produção do Teatro Nacional São João que reúne um elenco de peso composto por Ana Brandão, Carolina Amaral, Joana Carvalho, Jorge Mota, Lisa Reis, Mário Santos, Nuno Nunes, Paulo Freixinho, Patrícia Queirós, Pedro Frias e Sérgio Sá Cunha.
A 5 de outubro, é a vez de Guimarães receber, pela primeira vez, a coreógrafa alemã Sasha Waltz, que estreia em Portugal “In C”, peça inspirada na magistral composição de Terry Riley, que tem sido apresentada e elogiada em todo o mundo.
“As Bruxas de Salém foi um ato de desespero.”. Estas são as palavras do dramaturgo Arthur Miller sobre a génese desta peça, baseada em factos históricos. Em 1692, na pequena comunidade americana de Salém, mulheres e homens são perseguidos e julgados por bruxaria. O rumor e a mentira incendeiam a comunidade e ninguém parece estar a salvo da acusação ou da vingança. Estreada em 1953, “As Bruxas de Salém” foi pensada como um paralelo às trevas do macarthismo que corroíam o coração da América, consumida pela febre anticomunista, que também vitimou Miller. Do seu epicentro – um fascínio primevo pela paranoia, que sacrifica indivíduos na sua fúria coletiva – ressoam hoje múltiplos ecos. É com ela que Nuno Cardoso prossegue a inquirição dos alicerces da vida em comunidade, num outro ensaio sobre a cegueira do homem social. Por debaixo das questões sobre justiça, a peça desenterra um caldo letal de sexualidade ilícita, medo do sobrenatural e manipulação política.
A 5 de outubro, Sasha Waltz, um dos nomes mais sonantes da dança contemporânea europeia, visita a sala de espetáculos vimaranense pela primeira vez. A sua companhia de dança, Sasha Waltz & Guests, apresenta, em estreia nacional, no Centro Cultural Vila Flor, a peça “In C”, um espetáculo que a coreógrafa alemã concebeu durante os dias cinzentos de isolamento provocados pela pandemia, quando todos os teatros em Berlim, e no mundo, permaneciam fechados. O que começou como uma forma de se manter a trabalhar durante o confinamento, transformou-se num movimento internacional que ainda hoje continua a crescer. Desde a sua estreia digital no Radialsystem em 2021, “In C” tem sido apresentado e elogiado em todo o mundo.
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