Coproduções do Teatro nacional D. Maria II em cena no CCB em agosto

Morte de um caixeiro viajante e Praça dos Heróis, dois espetáculos que, devido ao confinamento, viram as suas estreias no Teatro Nacional D. Maria II canceladas, vão agora ser apresentados pela primeira vez em Lisboa, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, integrados na programação da Destemporada.

Morte de um caixeiro viajante estará em cena de 6 a 15 de agosto e Praça dos Heróis de 20 a 22 do mesmo mês.

 

Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência do fracasso a derradeira violência, Morte de um caixeiro viajante foi escrita no imediato pós-guerra, em 1949, e é um sentido Requiem por uma sociedade que se baseia no triunfo individual, na competição e na exploração. Passada nos Estados Unidos da América, nos anos 1940, é um dos retratos mais magoados do Sonho Americano. Jorge Silva Melo encena este texto de Arthur Miller, numa produção dos Artistas Unidos em coprodução com o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro Nacional São João.

 

Praça dos Heróis, texto do escritor austríaco Thomas Bernhard, foi escrito em 1988, para assinalar o centenário do histórico teatro vienense, Burgtheater, bem como os 50 anos da anexação da Áustria pela Alemanha nazi, que aconteceu a 15 de março de 1938, precisamente na Heldenplatz (Praça dos Heróis), localizada em Viena. A peça vem trazer a descoberto o branqueamento histórico que permitiu que a Áustria se assumisse como a primeira vítima do III Reich, ao invés de um primeiro aliado. David Pereira Bastos dirige esta Praça dos Heróis, mais de 30 anos depois da publicação do texto, com um redobrado sentido de urgência.

 

photo: Filipe ferreira

 

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