O contrabaixista e compositor André Carvalho, natural de Lisboa, mas residente em Nova Iorque desde 2014, tem o orgulho de apresentar o seu terceiro álbum, “The Garden of Earthly Delights”, com lançamento a 17 de Maio de 2019.
Os seus dois primeiros álbuns, “Hajime” e “Memória de Amiba”, mostraram uma música com uma visão extremamente pessoal, apresentando uma mistura original de Jazz contemporâneo com elementos de música portuguesa. Ambos os projectos receberam rasgados elogios tanto de críticos Portugueses como internacionais. André Carvalho venceu o prémio “Carlos Paredes” em 2012, um prestigiado prémio que reconhece projectos musicais de excelência, assim como o prémio de “Melhor Grupo” no Bucharest International Jazz Competition.
Com “The Garden of Earthly Delights”, o contrabaixista e compositor apresenta um brilhante universo sonoro, inspirado na enigmática obra de Hieronymus Bosch, nomeadamente um dos seus mais famosos quadros – The Garden of Earthly Delights (1490-1510, Museu do Prado, Madrid). André Carvalho escreveu uma suite musical em vários andamentos que serve de convite para uma viagem. Com momentos de tensão e de calma, entre a suavidade e a brutalidade, simplicidade e complexidade, harmonia e conflito, a música flui entre paisagens inspiradas no célebre tríptico.
“The Garden of Earthly Delights” conta com a participação de músicos de renome internacional
– Jeremy Powell, um saxofonista Americano, um dos mais influentes músicos no panorama de Nova Iorque. Tocou com Miguel Zenon, Eddie Palmieri, Arturo O’Farrill entre muitos outros. Powell recebeu o prémio de “Melhor Saxofonista” pela Creative Loafing e a YAK Fellowship
– Eitan Gofman, jovem saxofonista Israelista que tocou com Randy Brecker, Gerald Clayton, Eddie Gomez, David Liebman entre muitos outros
– Oskar Stenmark, trompetista Sueco que tocou com nomes como Maria Schneider Orchestra, David Byrne, Arturo O’Farrill, Bohusland Big Band entre muitos outros
– André Matos, oriundo de Portugal, guitarrista que tocou com Sara Serpa, Billy Mintz, Pete Rende, Jacob Sacks, Thomas Morgan entre muitos outros
– Rodrigo Recabarren, baterista Chileno com uma vasta experiência e cujo currículo inclui participações com Camila Meza, Kenny Barron, Kenny Werner, Melissa Aldana, Gilad Hekselman entre muitos outros
“O Forlorn Mill é um dos meus temas preferidos do disco e foi, sem dúvida, um dos que me deu mais gozo escrever. Foi inspirado num dos momentos mais alucinantes do painel que representa o Inferno de Hieronymus Bosch, momento esse em que todas as almas pecadoras parecem dirigir-se para um moinho. Julgo que toda esta intensidade transparece neste movimento da Suite, visto que há fortes influências rock, de música contemporânea e improvisada, que lhe dão esse carácter cru e áspero.
É também um dos movimentos que mais gosto de tocar, visto que envolve duas coisas aparentemente distantes como tocar a tempo e em rubato. O contrabaixo e a bateria mantêm um groove enquanto os sopros e a guitarra tocam as melodias de forma desconexa e flutuante, dando lugar posteriormente a um solo colectivo totalmente livre e terminando novamente com a melodia inicial.”
– 19 Maio – The Owl Parlor, Brooklyn
– 25 Maio – Bop Stop, Cleveland
– 7 Junho – Neighborhood Church in Greenwich Village, NY
– 30 Junho – Blue Note, NY
– 1, 2 e 3 Agosto – Hot Clube de Portugal, Lisboa
– 4 Agosto – OutJazz, Lisboa
– 6 Agosto – ASEJAZZ, Sevilha
– 13 Agosto – Festival de Jazz de Moaña, Vigo
– 23 e 24 Agosto – Quebra-Jazz, Coimbra
– 5 Setembro – Reitoria da Universidade do Minho
– 6 Setembro – Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Photo: Clara Pereira