O Club Souto despede-se na próxima sexta-feira, 1 de Março, com The Twist Connection, Swampig e a estreia de Insdomena & Sour Mago. O grande destaque da noite é o regresso dos The Twist Connection a Barcelos e aos eventos do Souto Rock. A banda actuou no festival de Roriz em 2017. São uma super banda que nasceu das cinzas do capital do rock & roll que Coimbra se assumiu num saudoso passado. Os The Twist Connection são influenciados por uma vasta estética do século XX que entrou pelo novo milénio, desde os anos 50 ao punk, encontram em 2019 a própria identidade.
Os madrilenos Swampig estreiam-se em Barcelos para acrescentarem uma pitada de glamour à noite. São seis velhos conhecidos da cena madrilena vindos de bandas como The Boo Devils, Lizzies, The Panches Surfers e Odeón. Os Swampig vão apresentar o mais recente EP “4×4“, lançado em 2019.
O Club Souto volta a apadrinhar o arranque de uma nova banda local, desta vez são os Insdomena. O trio assum-se como um paraíso tropical com várias influências distintas, desde baixos que teletransportam para a cultura funk da década de 70, baterias frenéticas de jazz e toda a alma do rock ressuscitada por guitarras enraivecidas, contando histórias quase verídicas na sua língua mãe. Para espicaçar, eles trazem os Sour Mago para temperar o som com uma orquestra de sopros metálicos, resultando numa viagem dançável, numa fusão entre a música americana dos anos 70 com a música europeia moderna.
Após os três concertos no Circulo Católico de Operários de Barcelos, a festa de despedida é no bar Quina Duque. Sun Blossoms prometem um concerto intenso e de fazer suar todo o público no pequeno bar situado no centro histórico da cidade. Sun Blossoms é Alex Fernandes e há qualquer coisa de suburbano na forma como ele aborda a música que compõe à guitarra. Se na base das suas canções encontramos a repetição encantatória do riff (tão celebrada, por exemplo, nos Velvet Underground ou nos Brian Jonestown Massacre), é no seu tratamento do peso e do ruído que encontramos um manifesto contra o tédio niilista dos nossos tempos, algo que é historicamente transversal ao psicadelismo, ao punk e ao grunge. Avolumada pelo baixo de Alexandre Rendeiro e pela bateria de Luís Barros (ambos seus colegas em Alek Rein), a guitarra de Alex Fernandes rasga linhas de fuga melódicas que facilmente se incendeiam em sessões catárticas de improviso, gestos que lembram as explorações sonoras de um Mizutani.
A fechar a noite, DJ Marquito promete refazer a rota de Pedro Álvares Cabral e fazer todos dançar os sons mais quentes