Casa da Memória inaugura a exposição “A Batalha Perdida. La Lys”

Este sábado, 7 de abril, às 17h00, o fotógrafo Carlos Lobo é o Guia de Visita convidado da Casa da Memória. Nascido em Guimarães, é autor de uma obra já longa, depurada e reconhecida, realizada da Coreia do Norte ao Vale do Ave, via Estados Unidos, e exposta e publicada um pouco por todo o mundo. É também músico – guitarrista dos Evols – e doutorado em fotografia com a tese A fotografia entre a experiência do real e a expressão fragmentária do artista. A sua visita guiada será, portanto, um modo de ver a memória – fotográfica e pessoal – ao longo da exposição da Casa da Memória e que discursos e partilhas ela provoca no convidado deste mês. Realizada sempre no primeiro sábado de cada mês, esta atividade é gratuita e destinada a todas as idades, estando condicionada ao espaço existente.

No dia 9 de abril, cem anos depois da tragédia militar portuguesa em La Lys, a Casa da Memória apresenta uma pequena evocação da grande batalha, inaugurando, no mesmo dia do centenário, a exposição “A Batalha Perdida. La Lys, 9 de Abril de 1918”. A partir de fotografias dos arquivos do Imperial War Museum de Londres (imagens da Frente Portuguesa na Flandres) e da Coleção de Fotografia da Muralha (imagens dos regimentos de Guimarães), bem como de objetos e anotações de soldados vimaranenses de Infantaria que combateram na Primeira Guerra Mundial, traça-se um plano geral do conflito, com pontos de paragem na participação de Portugal na frente europeia da Grande Guerra, no Batalhão de Infantaria n.º 20 de Guimarães (pertencente à 8ª Divisão do Exército de Guarnição do Minho) e no seu soldado Joaquim Magalhães, cuja história se recorda, ao lado de tantas outras que ficam por contar. Programada no âmbito do ciclo de exposições temporárias “Memento (Lembra-te)”, a nova exposição da Casa da Memória tem inauguração marcada para as 19h00 do dia 9 de abril, com entrada livre.

No penúltimo domingo do mês, dia 22, às 11h00, o Domingos em Casa convida-nos uma vez mais a pensar, olhar, escutar, criar, fazer, sentir. Em abril, a Casa da Memória vai levantar voo. Inspirada por histórias de Ícaros e Rodolfos, a Casa da Memória desafia o público a criar asas, feitas de cera e liberdade. Recordamos que no penúltimo domingo de cada mês, a Casa da Memória procura diferentes interpretações para factos históricos, tradições, lendas, pessoas, lugares ou objetos, que encontramos no espaço expositivo para, no aconchego da Casa, promover encontros entre famílias, amigos, gerações, artistas e artesãos. E ideias também.

No dia 25 de abril, celebra-se para lembrar que a Casa da Memória de Guimarães está aberta ao mundo há dois anos e prossegue o seu caminho como espaço de lembrança, de inclusão e tolerância, de conhecimento e partilha, de pluralidade e diversidade. É desta forma que a Casa da Memória se posiciona no território a que pertence e na comunidade que serve. É assim desde a sua abertura, assim promete continuar no ano que há de vir. Neste dia comemorativo, a Casa da Memória propõe ao público uma série de atividades com entrada livre que promovem a experimentação, a visita, o intercâmbio e, claro, a memória. Com atividades em modo contínuo, durante a manhã e a tarde, a Casa oferece um programa de visitas e oficinas (10h00-13h00 e 14h00-18h00) que estimula a descoberta, a pertença e a participação. Dos bordados à expressão plástica, da olaria ao movimento, da cozinha à música, da fotografia à narração.

Pelas 15h00 do mesmo dia, segue-se uma conversa que tem como mote a pergunta “Onde estava no 25 de Abril de 1974?”, juntando o público às convidadas Ana Maria Lopes, Joaquina Campos, Manuela Juncal, Milice Ribeiro dos Santos e Rosa Guimarães, numa conversa participada pela assistência e moderada por Matilde Seabra. Pelo segundo ano consecutivo na CDMG, este encontro coletivo na sala do Repositório recebe memórias de um dia inesquecível. As atividades deste dia incluem também a projeção do filme “Toute La Mémoire du Monde” (Alain Resnais, 1956, 21 min). Apresentado por Eduardo Brito, o filme “Toda a Memória do Mundo” é tanto um olhar sobre o funcionamento interno da Bibliothèque Nationale de France em Paris como uma peça meditativa sobre a fragilidade da memória humana e as formas pelas quais tentamos fortalecê-la.

No último sábado de abril, dia 28, às 17h00, está ainda programada uma sessão de Memórias da Memória com Maria Augusta Babo, Professora Associada com Agregação no Departamento de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Na sua comunicação falar-nos-á da escrita como técnica inaugural e paradigmática de registo, quer pela sua economia, quer pela sua sistematicidade. Esta atividade, também gratuita, é dirigida a maiores de 12 anos, com limite de participação condicionada ao espaço existente.

 

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