Minhoto de alma e coração, Carluz Belo faz uma pop sonhadora, cantada em português e com traços de eletrónica.
Acaba de lançar o single “Folhas Secas” e a Glam Magazine esteve à conversa com o músico para saber mais sobre este single e o álbum que está a ser preparado.
Glam: Desde os 15 anos que o bichinho do palco está presente. Quem é afinal Carluz Belo?
Ao 15 anos pisei o palco pela primeira vez como ator e aos 18 como cantautor. Foi um processo muito natural de descoberta da minha principal vocação em cima do platô. Hoje posso dizer que sou uma pessoa que gosta essencialmente de comunicar através de música original na minha língua materna. Essa paixão tem me levado a compor e a divulgar canções regidas por Luz & Afeto.
Glam: Depois da aventura no Festival RTP da Canção em 2008 foram precisos quase 10 anos para conhecer os temas “O Mundo Que Nos Foge” e “Ao Virar de Cada Esquina”. O que originou esse grande intervalo entre canções?
Após o Festival RTP mantive-me em Lisboa onde estudei música jazz, por sentir que necessitava de conhecimentos musicais mais aprofundados. Quando regresso ao Minho em 2012 voltei a fazer teatro, produzi um programa de rádio e fiz uma pequena digressão de covers, com o meu irmão Joel nas teclas, já em 2014. A par disso, preparei uma série de demos com os meus temas originais, que apresentei a vários produtores musicais. No final de 2016 conheci o Pedro Saraiva e iniciei a produção dos primeiros singles, editados já em 2017. Esta década de bastidores foi fundamental para me conhecer melhor a nível pessoal e para amadurecer a nível artístico.
Glam: Chega agora “Folhas Secas”, aquele que é o terceiro cartão de visita do álbum de estreia. O que podemos esperar deste trabalho, preparado ao longo dos últimos anos?
Será um disco muito pessoal que servirá para me apresentar ao púbico de uma forma mais profunda. São canções que foram compostas ao longo dos anos, acompanhando vários momentos marcantes na minha vida. Agora com “Folhas Secas”, acredito que este conjunto de três singles representa bem o ambiente geral desta “aventura musical pop minhota” que estou ansioso por partilhar com toda a gente.
Glam: “Folhas Secas”, tal como a mudança da estação é uma mudança no teu percurso musical?
“Folhas Secas” acaba por simbolizar um passeio junto ao mar, que serve de reflexão e agradecimento à vida pelas paixões e emoções fortes que ela nos proporciona – seja qual for a estação do ano. A mudança que chega com este single tem mais a ver com a passagem da minha música “dos bastidores para os palcos” – ainda que para já essa exposição aconteça mais a nível digital, nas minhas páginas oficiais de Instagram, Facebook & YouTube – e em breve, nos palcos do país.
Glam: Onde encontras a inspiração para a liberdade emocional que partilhas em “Folhas Secas”?
Em geral, o ambiente que mais me inspira é a Natureza, porque me salva sempre de qualquer momento menos positivo que possa estar a viver. Cresci na Vila de Fão, em Esposende. O verde do Minho e a Praia de Ofir sempre tiveram esse condão de me transportar para o sonho, onde acabo por abrir a porta da criatividade.
Glam: Em tempos de confinamento, a música serve de terapia?
Mais do que nunca. Se em tempos “normais” a música já assume esse papel, nesta época única que estamos a viver, a música revela-se absolutamente essencial para apaziguar o espírito e para celebrar a vida!
Glam: Para terminar, quando podemos esperar mais novidades do disco de estreia?
O disco está prontíssimo para sair cá para fora, assim que hajam as condições necessárias para tal. Se tudo correr pelo melhor, o álbum poderá ser editado ainda este ano, após o Verão.