Bruno Souto celebra 15 anos e revisita carreira em novo álbum

Quinze anos passaram-se e quase passariam batidos, não fosse o pernambucano Bruno Souto ter parado para revistar seu próprio acervo. São 3 discos com a banda que lhe abriu o caminho do independente, a Volver  – “Canções Perdidas em um canto Qualquer” (2005), “Acima da Chuva” (2008) e “Próxima Estação” (2011) – e mais dois discos que marcam a sua carreira solo – “Estado de Nuvem” (2013) e “Forte” (2016). E agora um disco que revisita os 15 anos de carreira, previsto para sair este semestre e que se chamará “Valsa”.

“Já faz um tempo que pensava em regravar algumas músicas da época da Volver. Queria lançar um novo olhar sobre algumas dessas canções antigas. No primeiro semestre desse ano me dei conta que estava completando 15 anos de carreira e não me via lançando um álbum de inéditas. Ao mesmo tempo não queria deixar essa data passar. Daí surgiu a ideia de um álbum que resgatasse canções dessa trajetória. Fui pensando e amadurecendo a ideia do álbum quando tive a ideia de também ter alguma coisa inédita. Das que eu tinha “na gaveta”, peguei duas que eu achava que combinavam com as regravações: uma instrumental para abrir o disco e uma com letra pra fechar”, conta Bruno Souto.

 

A primeira canção que ganhou uma nova roupagem foi “Máquina do Tempo”, que está no primeiro álbum da Volver. Em sua versão original, a canção é mais rápida e ganhou uma versão mais cadenciada, em que é possível ouvir mais detalhes de seus arranjos e musicalidade. Essa na verdade é uma das características que percorrem as novas versões, que passeiam pelo soft rock, o folk, o pop setentista, e até algumas pitadas de pop barroco. “Tudo recheado com doses generosas de arranjos de cordas, que sempre gostei e agora resolvi usar mais”, completa Bruno.

 

Desde quando estava amadurecendo a ideia do disco e na escolha das músicas, o foco foi a beleza das canções e em como elas poderiam ficar, e não necessariamente as lembranças que elas trazem. Se eu tivesse mergulhado num lance mais nostálgico, com certeza a relação das músicas mudaria bastante. Foi um processo de contemplar mais o presente mesmo. A partir do momento que comecei a pensar nos arranjos das músicas (e depois, gravando), é como se todas elas fossem inéditas. Tanto que mudei andamentos, intenções, estruturas, melodias, até pequenos detalhes de mudança de letra chegou a ocorrer. Ou seja, sem pudor nenhum, nem nostalgia. Apesar de ter sido bem trabalhoso, gravar o “Valsa” foi muito divertido e um enorme privilégio!”, finaliza.

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