Até para o ano, ModaLisboa

Tivemos chuva, sol e vento. As quatro estações em peso na ModaLisboa. Nem todos gostam do calor e nem todos gostam do frio. Por isso, agradou-se a gregos e a troianos. No último dia da ModaLisboa Multiplex, dia 14, viveram-se grandes emoções. Luís Borges disse “adeus” à passarela, José Castelo Branco decidiu vir espalhar classe e Dino Alves fechou em grande a edição deste ano com uma ode à beleza interior. Momentos que ficam para sempre na história daquele que é o grande evento de moda da capital, a ModaLisboa.

Imauve

Com o Jardim Botequim do Rei como cenário, Imauve deu o pontapé de saída no último dia de desfiles com a coleção “Endless”. Inês de Oliveira, a designer da marca, teve como principal inspiração as esculturas gregas e neoclássicas. Silhuetas leves, detalhes franzidos e assimétricos, tonalidades suaves como o branco e o azul pedra caraterizam a primavera/verão 2019 de Imauve.

Duarte

A corrida de carros pisou a passarela da ModaLisboa Multiplex com a marca Duarte. A designer, Ana Duarte, teve como ponto de partida para a coleção “Racing Team” a Monaco GP, uma das mais prestigiadas corridas de Fórmula I. Vestidos leves e glamourosos, bombers em pele e jumpsuits sofisticados dão vida às propostas para a estação mais quente numa linha que se destaca pelo sportswear de luxo.

Carolina Machado

Para Carolina Machado a estação estival vai ser descontraída. Uma vez mais, apostam-se em coordenados leves, fluídos, assimétricos e drapeados. A Cuba dos anos 50 esteve retratada na passarela com estampados tropicais e tonalidades terracota. Uma coleção ready-to-wear com um twist de sofisticação.

Andrew Coimbra

Inspirado em artistas contemporâneos como Jean-François Lauda e Keith Coventry, Andrew Coimbra apresentou-nos uma coleção que junta a despreocupação à ousadia. O streetwear causal e o estilo urbano clássico casaram-se em comunhão com uma paleta de cores que vai desde o preto ao vermelho, passando pelo castanho e o branco.

Olga Noronha

Olga Noronha já nos habitou à importância da arte nas suas criações. “Hipnopompia” é o nome de uma coleção que materializa o renascimento Italiano e asiáticos em esculturas pintadas a azul, branco, negro, verde, rosa, que envolvem o corpo de forma rígida e natural, sem nunca esquecendo o dinamismo do movimento.

Filipe Faísca

O bordado da Madeira do século XV volta à estação estival de Filipe Faísca em apliques na cintura, decote e mangas. “Inocência” é uma coleção que junta a simplicidade à extravagância. As peças leves, fluídas e transparentes contrastam com o calçado que se destaca pelo seu maximalismo. O cru e o pêssego foram as cores predominantes num desfile dedicado à mulher moderna e sensual.

Gonçalo Peixoto

Com apenas 21 anos, Gonçalo Peixoto voltou a dar tudo na passarela. O jovem designer pinta a próxima temporada de amarelo e rosa com uma coleção que se destaca pelo seu doce carisma. O brilho do lurex, os apontamentos brilhantes e os padrões florais fizeram sonhar aqueles que assistiram em primeira mão ao desfile de Gonçalo Peixoto.

Kolovrat 

Um passaporte de ida sem volta ao subconsciente. Foi assim que Lidjia Kolovrat apresentou as suas propostas para a estação quente. Na passarela viram-se peças oversized, degradês, bolsos, sobreposições e drapeados. Esta é uma coleção que se destaca pelas suas vibrantes cores como o amarelo, o vermelho e o laranja.

Dino Alves

Um semana e meia foi o tempo necessário para Dino Alves pensar, projetar e criar a coleção primavera/verão 2019. Defensor da beleza interior, o designer encerrou a ModaLisboa Multiplex com uma união entre as sobreposições e as transparências em peças que ganham vida através da seda, organza, tule, algodão e linho.

 

E assim foi mais uma edição da ModaLisboa repleta de novidades. Para o ano cá estou eu com mais uma série de reportagens que juntam a moda à cidade de Lisboa. Voltamos a encontrar-nos em 2019?

O convite está feito.

 

Reportagem / Textos: Liliana Pedro

Fotografias: Ugo Camara

 

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