Artistas nacionais em destaque na galeria Lehmann + Silva

Cores em Silêncio”, de Joana da Conceição, e “Tenista Suprematista”, de Vítor Israel, são as novas exposições a serem inauguradas no dia 13 de janeiro. Dois meses depois da abertura da galeria Lehmann + Silva, há duas novas exposições que poderão ser visitadas, no espaço da Rua Duque de Terceira, perto da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Os artistas portugueses voltam a ter o protagonismo: Joana da Conceição revela “Cores em Silêncio” e Vítor Israel mostra os mais recentes trabalhos em “Tenista Suprematista”.

 

A artista, de 36 anos e natural de Santo Tirso, reúne nesta mostra oito pinturas que integram a recente série “Matéria Doméstica Exótica” (2016-2017). Um leque de obras onde a cor assume um papel de relevo, através de um jogo de transparências e onde se destaca a sobreposição de padrões de cor e camadas geométricas. “Cores em Silêncio” inspira-se na “vivência quotidiana e observação minuciosa da sua envolvência, sublimando o mundano através da sua reinvenção enquanto meio de estudo”, como afirma Margarida Mendes, crítica e curadora de arte. Para ela, as pinturas de Joana da Conceição “surgem-nos como diagramas visuais que, na sua preponderante aceleração, incitam estados de inquietude cinética. Pondo em prova o ponto focal e capacidade sincrética da nossa visão, as suas pinturas dissecam o real, representando o mundo através da refração meticulosa da matéria física.”

De salientar que Joana da Conceição, vencedora do Prémio de Pintura Casa de Esmoriz, em 2010, e do Prémio Anteciparte, em 2005, expõe pela segunda vez na Lehmann + Silva, já que fez parte da exposição de inauguração “How to do things”.

Já a exposição de Vítor Israel é o mote para o arranque do novo espaço da galeria: L + S Projets, cujo objetivo é captar o intercâmbio criativo, a profundidade intelectual e a experimentação que acontece nos bastidores, e transferi-los para primeiro plano. “Aos jovens artistas e curadores, serão dadas a oportunidade e as ferramentas necessárias para operar num contexto de galeria profissional. O intuito desta iniciativa é projetar artistas e envolver curadores, potenciando a criação de uma plataforma de reflexão e debate teórico, no perímetro da galeria. Deve ser entendido como uma extensão do atelier do artista, que funciona também como um trampolim entre a prática criativa e o espaço comercial”, explica Mário Ferreira da Silva, art advisor e co-fundador da Lehmann + Silva.

Com estas novas exposições patentes até ao dia 3 de março, a galeria dá continuidade ao objetivo de projetar os trabalhos de artistas contemporâneos, quer portugueses quer estrangeiros, que se destacam em diversas áreas, como pintura, escultura, fotografia, vídeo, entre outras.

 

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