Aquele abraço de Gilberto Gil foi retribuído pelo Coliseu Porto

Ontem, dia 2 de novembro de 2023, pelas 21:40, o Coliseu do Porto recebeu, de braços abertos, Gilberto Gil, e família. Em cima do palco, a dar um show fantástico, estava Gilberto Gil, filhos e netos.

Os filhos, Ben e João Gil, e os netos, José, Bento e Flor Gil são excelentes músicos, desde a bateria, às guitarras, ao violão, e até às vozes, o talento esteve todo em palco.

Já o público era, também, uma mescla de idades, e sobretudo de brasileiros, que aproveitaram a presença deste homem, já com 81 anos de idade, para matar saudades do seu país, do seu Brasil. Ao contrário de muitos, eu consigo entender, uma vez que tantos portugueses emigrados, por exemplo, em França, esgotavam e continuam a esgotar o Olympia, em Paris, para ouvir Tony Carreira, Pedro Abrunhosa, entre tantos outros nomes, para ter um aconchego da “casa”, do português, a língua é sinónimo de pátria. Neste caso a língua é a mesma, mas o português do Brasil traz “samba no pé”, traz alegria, traz um cheiro a Brasil.

Não posso deixar de referir que o público português presente no Coliseu, também, era bastante numeroso, e famílias inteiras desde os avós aos netos.

Voltando ao concerto, o Coliseu estava lotado, e ao longo do espetáculo Gilberto Gil contou histórias, que deram lugar a músicas. O público reconheceu todos os temas, e entoou-os de forma bem alegre e com uma efusividade contagiante. Logo no primeiro tema entoado, “EXPRESSO 2222”, foi o delírio total, do princípio ao fim o público não se poupou a esforços para se fazer ouvir.

Destaco todo o concerto, as músicas, a voz, as vozes entranhavam-se na pele, e quando nos apercebíamos o corpo já estava em movimento. Mas, não posso deixar passar em branco os temas, “Garota De Ipanema”, interpretando com a neta, Flor, que, para mim foi um dos momentos mais bonitos, assim como o tema, “Moon River” interpretado por Flor, nascida e criada em Nova York, foi mágico.

A versão de Gilberto Gil, do tema de Bob Marley, “No Woman, No Cry”, “Não Chore Mais”, em inglês e português do Brasil foi, também, um dos momentos altos do concerto.

Todo o concerto foi repleto de histórias, a homenagem a Gal Costa, músicas intemporais, 60 anos de carreira, foi alegria, dança, foram 2 horas dentro de um mundo perfeito.

Quando saímos do Coliseu do Porto, voltamos à realidade! 

🖋 Ana Cristina

📸 Sérgio Pereira

Partilha