Dos dias de tempo desmedido para o subpalco do Teatro Rivoli Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu viram-se fechados em casa e criaram “Goela Hiante”, disco editado pela Cobra Discos. O concerto acontece esta sexta-feira, dia 10 de Dezembro.
“Goela Hiante”, disco que Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu vão apresentar nesta ocasião, é resultado do confinamento, altura em que, sem outras ocupações, decidiram dar uso ao tempo e aos meios de que dispunham: livros, um iPad e um velho piano elétrico. Deste combo, resultaram eventos online em que Adolfo Luxúria Canibal lia poemas seus ou de poetas da sua eleição que Marta Abreu acompanhava com ambientes sonoros.
Acabado o confinamento, a dupla, que só havia trabalhado junta no início dos anos 2000 nos Mão Morta (no álbum “Primavera de Destroços”), entrou em estúdio para gravar “Goela Hiante”.
O disco, editado pela Cobra Discos, traz poesia negra e soturna marcada pela voz de Adolfo Luxúria Canibal, servida por uma música minimal, obsessiva e claustrofóbica, criada por Marta Abreu para o efeito. Marta Abreu foi baixista nas Voodoo Dolls (1994-1998) e, mais recentemente, entre 2013 e 2016, desenvolveu com Marco Pereira o projeto musical Cadeira Eléctrica.
Por sua vez, Adolfo Luxúria Canibal é músico e poeta, e conhecido como líder dos Mão Morta.
Este concerto, que acontece no subpalco do Grande Auditório, é uma coprodução da Amplificasom e realiza-se no âmbito do Understage, ciclo mensal de programação musical do Teatro Municipal do Porto (TMP).
